quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Ideias Soltas 3
Será que podemos comprar as fotos dos bebés que estão expostas nas Photoshops?
Natal. Sabem aquele costume norte-americano de as pessoas beijarem-se sob o azevinho? Já tentei que essa moda começasse cá, mas foi em vão. Acabou com uma providência cautelar de 500 metros. Tudo bem que não havia azevinho em cima de nós, e que estávamos em Agosto, mas acho que não havia necessidade do Camilo de Oliveira fazer queixa.
O que nunca irão ouvir de um heterossexual. "Oxalá ela não me viole!"
A não ser que o ofensor seja a Simara. Ou o Cláudio Ramos. Ela é gorda. Ele não.
PS: Irá ocorrer uma mudança radical nas Ideias Soltas. A partir de agora irão ser numeradas com numeração romana. E sim, numeradas com numeração é um pleonasmo, redundância se preferirem.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Conto de um dia entre o natal e o ano novo (sensivelmente a meio).
Manhã… altura do dia muito ingrata para a minha pessoa. Vou de caminho ao fórum pelo caminho que faço todo o santo dia para a faculdade. Mas hoje, hoje não seria igual a tantas outras viagens, algo utópico estava próximo de acontecer.
Meio ensonado, e muita culpa teve a noite mal dormida, talvez, quem sabe, uma intuição genuína que guardo com carinho no dedo mindinho da mão direita, e que me avisava já com antecedência para o turbilhão de sensações que, mais tarde, me iam ser dadas.
Avisto sensivelmente a meio do caminho o rabo mais espectacular de todos os tempos. Sim… estava perante algo nunca antes sonhado e nunca antes visto… ali tão perto… tão real. Mesmo à minha frente.
Uma lágrima acaba por cair sem caminho de retorno e só ela sabe descrever tão bem o sentimento que a faz cair. Sem saber o que fazer, espantado como quem não vê mais nada, espantado como quem acabava de sentir pela primeira vez.
E nisto vem me a ideia: espetar-me literalmente contra ela. Mas não um espetar qualquer. Um espetar com força. Como quem espeta mesmo. Mas era chato e depois atrasava-me.
Rabo lindo:
Não é?
Matricula deste mês. Uma princesa com um rabo concebido por uma plástica (pois claro) de sensivelmente 230mil euros. E que mama e bem (!), cerca de 16,6 L em consumo combinado.
E agora vou ver as noticias… diz que anda aí uma crise.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Fenómeno do Calendário.
Eu como não sou diferente das outras pessoas ( excepto o facto de ter um dos meus membros com um tamanho excessivamente maior que o normal ) vou igualmente assistir a este fenómeno do calendário ao Algarve. Por acaso estava a brincar, é um membro de tamanho normal, e eu gosto muito dele. E ele de mim, e estamos bem assim.
Confesso que estou reticente em ir outra vez para o Algarve porque não sei se há espaço. Porque dá a sensação que meio mundo e ainda uma família inteira de chocos vai para lá. Contou-me ainda um leão marinho que a Simara também escolheu esse destino, e eu sou pessoa que não gosto de estar apertado, para poder espernear à vontade.
No entanto essa dúvida foi rapidamente tirada aquando da seguinte notícia, e atenção, vão buscar cotonetes à cozinha que isto é notícia que não merece ser distorcida pela cera dos ouvidos: “Marco Paulo é o cabeça de cartaz da cidade alentejana ( Beja ). O espectáculo do cantor está marcado para as 22 horas, no Parque de Feiras e Exposições. Depois da pirotecnia com hora marcada, Jonas Lopes e a sua banda animam a noite.”
Ora eu vivo praticamente dentro do parque de exposições. Aliás o meu quarto foi em tempos um belíssimo espectáculo em que eu fazia alguns malabarismos com bolotas em chamas e pinturas rupestres com as partes íntimas. O espectáculo foi posteriormente cancelado porque tinha um final infeliz e acabava sempre com algumas pessoas a chorar.
A verdade é que ainda fiz uns belos trocos e comprei finalmente uma máquina que há muito ansiava. É um aparelho que tira as espinhas do peixe e a côdea do pão. Dá muito jeito... ocasionalmente...quase nunca. Não convém é meter para lá o pão e a pardelha ao mesmo tempo que aquilo são animais que nunca se deram bem.
Adiante. Quem estava a pensar vir passar a noite a este paraíso tropical e fiscal que é Beja, pense quatro vezes. Caso queiram fazê-lo na mesma, tragam os cotonetes. Podem ser os mesmo que usaram à bocado. É que um espectáculo começado por Marco Paulo e findado por um espéctaculo de fogo de artifício só pode acabar mal. Mas eu acredito que aquilo ainda possa acabar tudo em bem e os explosivos acabem por incendiar todo o recinto. Menos a minha casa que é à prova de fogo e de Cláudio Ramos.
E depois é todo o enredo em torno da passagem de ano. Aquela coisa das doze passas a acompanhar as badaladas, epá porque?! Porquê passas? Porque não pinhões banhados em molho aloé vera? Ou alheiras assadas no microondas? Depois é estrear cuecas azuis. Diz que é bom. Dá sorte. Realmente estrear roupa interior já é um bom início porque à partida algumas pessoas deixarão de usar as cuecas que usaram a semana toda. O que é logo um espectáculo. E não tenho a mínima dúvida que isso traga sorte no que diz respeito a relações. Pelo menos azar não há-de trazer. Mas porquê azuis? Estou a imaginar Deus e alguns dos seus amigos, num monte próximo de Ermesinde a pensar “Epá calma lá que este gajo não está a comer as doze passas como deve ser. Aquela última ali era uma caganita de coelho. E aquele ali encostado ao poste da EDP, ou melhor...àquela senhora...com a t-shirt da EDP...não tem boxers azuis. Aquilo é cuequinha branca. Ui olha o cuecas. O branquelas. Ai pois é bébé. Tão mas que é isto? Ainda por cima tem uma nódoa de urina ali. Oh valha-me a minha pessoa. Vou já enviar um vírus Trojan para o cotovelo destes dois.” Com Ele não se brinca. Nem com os amigos dEle.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Mensagem de natal do submarino
Quanto a vocês que não vão ter filhos porque ou são impotentes ou são maricas: morrerem de macacos no nariz. é raro mas é uma coisa agressiva.
Outro para vocês.
Ui tanto descansozinho.
“Em 2009, apenas quatro dos 14 feriados nacionais calham ao fim-de-semana. Existem cinco pontes possíveis e quatro fins-de-semana prolongados. Dos 365 dias, e se juntarmos o período legal de férias, teremos (...) 137 dias de descanso.”
Mais, segundo as minhas previsões, embora não tão certeiras quanto as da Maya, e das suas unhas, prevejo que teremos no próximo ano cerca de três dias e quatro horas de trabalho regular, descontando obviamente a pausa para o descafeinado, para a sandes de courato e o intervalo para saber quem é que se divorciou esta semana. Isto tudo contando ainda com a audácia dos sindicatos em fazerem greves em dias muito bem pensados. Pois é sabido por toda a gente, que uma manifestação a uma sexta fresquinha e com cheiro a búzios impõe muito melhor as reivindicações, do que se for a uma terça chuvosa com aromas de Eládio Clímaco.
“Segundo declarou ao Jornal de Notícias o professor Luís Bento, da Universidade Autónoma, o efeito de tantos feriados na Economia pode ser de 1% do PIB e de 1,6 mil milhões de euros de perda. Outros especialistas costumam lembrar, porém, os efeitos benéficos para o comércio, o turismo, a restauração e a hotelaria destas folgas, o que pode animar a economia e compensar outras perdas de produtividade. Como sempre, os economistas dividem-se em duas doutrinas - e os portugueses desdobram-se em pontes!”
Portanto deixem-me ver se percebi. Tantos feriados resultam num decréscimo de 1% do PIB, o que nos vai deixar com um índice de valor muito próximo às temperaturas que fazem na sibéria. À noite! Mas alto lá e pára o baile, que ao menos estas folgas vão animar a economia e o turismo. Ou seja, isto por miúdos, não haverá dinheiro porque a família toda esteve com os órgãos genitais colados com super-cola 3 à poltrona, mas ao menos poderemos ir de férias mais vezes e aproveitar o fim-de-semana, que em 2009 vai consistir de quarta a domingo ao invés do tradicional sábado e domingo que não dava nem para acabar uma baguete de torresmos, que estava quente e precisava de umas assopradelas antes de dar a dentadinha.
- Então Lúcio, para onde vamos este fim-de-semana? Estou desejosa por estrear o vestido que me fizeste com latas de feijão frade usadas.
- Oh minha ameixa doce, Gracinda do meu coração, este fim-de-semana pensei fazermos campismo aqui no parque atrás da nossa casa. Podíamos grelhar um ou dois rolos de papel higiénico, e abríamos finalmente aquela garrafa de tantum verde que tínhamos guardado para quando o Eusébio viesse cá a casa.
- Ai parece-me óptimo, marido. Consegues surpreender-me todos os anos.
- E os miúdos podiam brincar aos drogados ao ar livre. E à noitinha sentávamo-nos todos ao lado de um cócó de cão e contávamos histórias de fantasia.
Não. Não está certo. Caminhamos mal Portugal. Bem agora vou indo que tirei o dia de folga e assim só volto em 2009. Isto se 2009 não calhar a nenhum feriado. Caso contrário tenham paciência
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Olha afinal não é hoje.
Notícias correm que, afinal, Jesus não nasceu a 25 de Dezembro.
Acho que é de muito mau gosto virem dar este tipo de notícias. E levam uma data de anos a descobrir isso, que é o mais grave. Se levaram tanto tempo a perceber isto, nem quero imaginar quanto tempo será necessário para descobrir que o cianeto é afinal a cura para a diabetes tipo I.
Ora isto é uma afronta de todo tamanho, especialmente para amigos íntimos do sujeito, que é precisamente o meu caso.
Existem essencialmente dois inconvenientes nesta descoberta. O primeiro é o facto de, deste modo, o aniversário de Jesus nosso senhor não coincidir jamais com o Natal, o que significa prendas a dobrar, que depois pesa no bolso. Ainda por cima no meu.
O segundo é o facto de já ter enviado o meu presente deste ano ao Senhor, e desta forma vai chegar antes de tempo. E dizem que não é bom festejar antes de tempo. Mas falamos de Jesus – indivíduo que tem um pai influente, e deduzo que este tipo de problemas não o afecte. É como o escorbuto. Ele nunca vai apanhar isso, graças do dedinho do pai.
E o trabalhão que eu não tive em escolher o presente? O que é que se oferece a uma pessoa com dois mil e oito anos? É uma barbárie sequer pensar nisto. A minha primeira ideia foi oferecer a obra completa de Manoel de Oliveira, como são mais ou menos da mesma idade, suponho que tenham os mesmos gostos ( partindo do princípio incerto que Manoel de Oliveira gosta dos filmes que realizou ). Mas isso implicaria ter de procurar os filmes em lojas que ainda aceitam escudos, e onde ainda vendem, inclusivamente, comprimidos para a peste negra. E eu nesses sítios não entro. Pelo menos sem antes fazer um penteado com risca ao meio.
Ou então um creme anti-rugas, que o Senhor nosso rei já não vai para novo e é uma coisa que faz sempre falta. Eu não o vejo já aos anos, mas se ele por acaso aparecer aqui por casa não garanto que se safe de umas valentes pancadas do meu mata-moscas. Não é por mal, mas deve estar com um aspecto que deixa muito a desejar. Mas como podia levar a mal o creme, não me atrevi. Geralmente não me meto com gente capaz de provocar uma tempestade com um simples espirro. Ainda por cima a uma sexta.
Acabei por lhe enviar um jogo de lenços de assoar, em seda.
Por outro lado, tenho como consolação ter enviado a embalagem por correio rápido, portanto se tudo correr bem ainda demora a sua semaninha e meia a chegar. Ainda por cima para Jerusalém – onde a mercadoria é prudentemente controlada, são coisas que levam o seu tempo. Faz amanha um mês que entrou para lá um carregamento de conquilha algarvia estragada. Foi uma chatice. E um cheiro que não se podia, contou-me um texugo.
Bem e agora vou andando que tenho gente à minha espera para ir jogar à cabra-cega.
Natal
Ai natal. Época tão cheia de amor e alegria. E de prendas e consumismo. E de mensagens foleiras a desejar tudo de bom (anseio um dia receber uma mensagem em que me desejem tudo de mal). E de… família. Mesmo aquela que só se vê exactamente no natal. É sempre interessante quando se reúne todo um leque de pessoas que durante o ano não se podem ver nem pintados mas que no natal são todos muito amigos. E é isto que o natal tem de tão especial. Isso e refeições, que isto do natal é sempre a encher o bucho.
Com vocês não sei como é, mas comigo é sempre a mesma coisa. Bacalhau no jantar de dia 24. Invenção nas refeições de dia 25. E uma das invenções dos últimos anos tem sido o espectacular fondue. O que é interessante no fondue é estar toda a gente com um garfo de fondue enfiado numa panela de fondue a espera uns minutos para comer um bocado de carne que mal se vê e frutinha descascadinha que noutras alturas ninguém lhe toca, mas que é obrigatória para o fondue. Contudo nada disso teria tanto interesse se isso não fosse efectuado com uma merdinha com álcool lá dentro a aquecer a panela com óleo a ferver. Nem seria tão fascinante se parte da minha família não sofresse de inconsciência crónica e por vezes aguda. Ora o que é que a matarruanisse ensina? Aquecer o óleo do fondue no fogão e depois andar a fazer malabarismo com as panelas por toda uma cozinha com cerca de 20 pessoas sentadas à mesa. Não contentes, desta vez havia outro pormenor: uma pedra, aquecida também ao fogão não vá aquilo demorar muito a aquecer com o álcool.
O Tiaguinho levanta-se a procura duma faca. Nisto entra o malabarismo da pedra quentinha do fogão até a mesa. O Tiaguinho diz: “Epaa olha que a Beta com a pedra é um perigo… ah ah ah” e afasto-me. Com aquela coisa de se mandarem à carninha e à frutinha, era (curiosamente) o único que, apesar de estar feito parvalhão, tinha (+/-) a consciência de que aquilo se desse para o torto era uma carga de trabalhos. E foi.
Por entre os braços que ansiavam alcançar comida, não fosse ela acabar, o meu irmão lembra-se de também ele alcançar frutinha. Frutinha essa, que no preciso momento em que a pedra ia a encaixar no sítio que lhe pertence por direito, vai enfiar-se naquela merdinha do álcool. Resultado? Labaredas enormes.
No fundo aquilo como que explode. Nisto o Tiaguinho olha ligeiramente para baixo e diz para com ele próprio: “Olha que se calhar isso que tas a ver na camisola com cores entre o azul, o amarelo e o vermelho, é fogo.” E era. Pequenas labaredas por todo o meu torso. Estava literalmente a arder. O sonho de qualquer um. Ainda pensei em mandar-me para o chão e rebolar numa de apagar aquilo. Mas umas palmadas fizeram o mesmo efeito, embora com menos piada.
Não me lembro de nenhuma mensagem a dizer: “Tem um natal ardente.” Mas tive.
Espero que tenham tido um natal tão espectacular como o meu ou ainda mais quentinho. Exacto.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Cautela com o velho badocha.
Desenganem-se. Não é o Pai Natal. É o catarro.
Eu gostava muito desta coisa do Natal, mas agora já me começa a cheirar a esturro. Já repararam no facto das pessoas insistirem com todas as suas forças para que os presentes só sejam abertos à meia-noite?
Para mim não me faz realmente muita diferença, porque 20 anos já não é idade de se receber nada. É começar a oferecer. Aos filhos dos outros.
Mas as crianças irrequietas insistem:
- Posso abrir? Posso? Vá lá!
- Não!
- E agora?
- Também não! Só à meia-noite. Agora cala-te senão levas uma chapada que vais dormir mais cedo.
Isto é perfeito para quem quer oferecer uma bomba. É embrulhar o dito explosivo no papel da leopoldina, e programar o aparelho para explodir não antes da meia-noite. Assim não há risco de se descobrir.
Então e a catrefada de pais natal que andam por aí pendurados nas varandas?
Isso é igualmente um perfeito disfarce. Um ladrão daqueles maus, é so vestir um fato de pai natal, e ninguém vai estranhar o sujeito estar a subir uma varanda, nem tão pouco entrar na casa das pessoas.
Pelo sim pelo não vou polvilhar o bolo-rei com veneno para os ratos, não venham eles com ela fisgada.
Vá, desejo a todos um Natal repleto de meias da raquete e um 2009 cheio de recessão.
domingo, 21 de dezembro de 2008
TV
Uma senhora com os seus 104,56 quilos a chicotear camelos, e até, um búfalo. Fascinante. Melhor só os camelos e o búfalo a chicotearem a badocha. E assim, gostava muito mais do circo e era menino para pagar bilhete todos os dias.
Mudar de canal...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Reservado a maníacos
Quando o metro de Almada ainda estava em processo de construção, passavam constantemente alguns metros em formação à frente da minha casa. Ok, a casa não é minha, é do senhor de barba. Mas é mais minha que vossa, por isso calem-se.
No entanto o processo está concluído e a linha já está completamente construída, porém continuam a passar cerca de cento e cinquenta ( sem exagero ) metros “reservados” por dia.
Mas afinal, reservado a quem?
A pessoas bonitas? A feios? Ou será mesmo à CIA? Ou à equipa B do São Mamede de Infesta. Mas esta última não faz sentido, porque Infesta ainda é longe. Mais longe que Lisboa.
Curioso aventurei-me numa dessas viaturas, para ver que magia se passava por lá.
Entro, e como faço parte, inevitavelmente, da geração rebelde, não validei o cartão. Senti depois disso que me devia dedicar a crimes de alto gabarito e o meu próximo golpe será pintar um caixote do lixo de vermelho. Ou amarelo vivo. Para se confundir com o sol.
Estava vazio e sentia-se uma brisa a marisco. Eis que avisto uma senhora avantajada em termos de gordura corporal e pêlos faciais. Comia um hamburguer duplo com bacon, um queijo flamengo, ketchup, mostarda, mayonnaise, molho agridoce, molho barbecue, alface, tomate, pepino, batatas ruffles de presunto, coxa de frango, ovos mexidos, e ainda se avistava uma perninha de rã mal passada, ainda esperneava um bocado. Sentei-me ao lado da senhora e disse-lhe:
- Olhe que esse tipo de comida faz-lhe mal.
- Mas eu gosto.
- Sim, mas devia comer coisas mais saudáveis...
- Pois eu sei. Às vezes como uma saladinha ou assim. Gosto muito.
- Eu por acaso não gosto de saladas...
- Eu também não.
- ?
E continuou a comer. Eu tentei não meter mais conversa com a senhora. Não apenas pelo facto de ser capaz de me matar com uma chapada bem dada, nem pelo facto de ter mais barba que eu, mas antes pelo tipo de conversa que a senhora manteve.
Ao dar uma trinca na avultada sandwich, deixou cair uma mistela daqueles molhos na minha perna. De imediato se deu conta do sucedido:
- Ah peço desculpa! Deixe estar eu limpo.
Saca então de um lenço e começa a esfregar com convicção. Mas eu não queria:
- Não faz mal, deixe estar eu limpo, não há problema.
Mas não me ligou e continuou e desempenhar a sua função com afinco. Decido então pegar-lhe na mão e tirá-la da minha perna, ao que a senhora me olha nos olhos:
- Amo-te.
- O quê?!
- Desculpe. Pensei que...
Levantei-me e fui sentar-me noutro sítio. Enquanto estava de pé aproveitei para confirmar se este metro não ia para o Miguel Bombarda. Mas não ia.
Avisto um senhor que ostentava o fato-de-treino do Benfica. Já era um equipamento antigo, da época da Parmalat. Belos tempos. Mas de qualquer forma, um benfiquista é sempre um benfiquista de coração e o que veste nada interessa. Desde que esteja limpo e não cheire a naftalina.
- Vejo que o senhor é fã do Benfica.
- Fã? Eu vivo para o Benfica!
- Muito bem...
- Aliás, se o senhor for à Catedral e perguntar pelo Valadas toda a gente sabe quem é!
- Ah o senhor é conhecido por lá...muito bem. De onde é?
- Eu sou de Vila Real.
- Sim senhor.
- Mas há duas.
- Duas quê?
- Duas Vilas Reais.
- Ah pois é...Então de qua...
- De trás-os-montes.
- Bela terra. Vi na televisão e pareceu-me engraçado.
- Mas gostava mais de ser do Algarve.
- Ah sim?
- Sim por causa do calor.
- Poi...
- E praia.
- Pois. Então e costuma ir à casa do Benfica da sua terra?
- Tão não? Vou lá sempre. Mas vou à da parte nova da cidade. Que a outra cheira a mofo.
- Têm duas casas?
- Sim. Uma vermelha e uma verde.
- Verde??
- Sim, é onde eu costumo ir. Até tem o emblema do Sporting na porta.
- Então mas...Desculpe lá, mas isso...é a casa do Sporting...
- Tão mas já alguma vez foi a Vila Real?
- Não...mas...
- Então cale-se. Tão eu vou lá sempre ver os jogos do Benfica...
- Passam lá os jogos do Benfica?
- Sim, quando é contra o Sporting.
Depois deste incidente, decidi não falar com mais ninguém que viajava por lá. O que também era complicado, pois só havia mais uma pessoa no metro. E olhando bem dali, era uma foca. Macho.
Para quem não acredita na realidade destes acontecimentos, recomendo viajarem no metro que vai para Corroios. Apanhem o das quatro e cinco da manhã.
Pronto, só queria partilhar esta aventura, e não se metam com esta gente. Agora façam favor de dizer a 15 amigos para lerem este texto nos próximos 15 minutos senão os vossos sonhos não se irão realizar. Os rapazes irão inclusive apanhar lepra na próxima meia-hora e as meninas vão entrar em menopausa no mais tardar daqui a uma semana, tá bom? Tão vá.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Novo livro sobre Pinto da Costa
Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe
Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe
Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe...Ehehehehehehehe
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ehehehehhehe. Árbitros.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Canal Futebol Espectáulo.
Olá.
Estavam com saudades minhas? Não faz mal. O Luís Filipe Vieira estava.
E do verão? Estão com saudades do verão? E da praia? Óptimo. Mas este post não tem nada a ver com isso.
Então venho só aqui deixar uma pequena posta de peixe espada para quem está com fome. Se não gostam vão ao chinês. Eu pelo menos não faço xixi para a vossa comida.
Estava eu muito bem a fazer uma coisa que eu gosto muito - coisa que se faz predominantemente deitado.
Não, não é isso. Seus badalhocos.
Estava eu a dormir, quando o senhor de barba que por acaso é dono desta casa, bem como daquela cama, me faz questão de acordar com o seu tom eufórico a informar-me que o canal BenficaTV já tinha iniciado a transmissão às duas da manhã. Por volta das oito da manhã acorda-me para isso. A essa hora, a última coisa com que eu me preocupo é precisamente isso. Deixem-me mas é voltar ao meu sonho em que eu estava no céu. Com uma infinidade de lasanhas que não faziam mal ao colesterol. Com uma infinidade de Jordana Brewster(s) que não faziam mal a nada. Só faziam é bem.
Mas não.
Vamos informá-lo de que o canal já está aberto, porque ele deve querer saber disso agora que está a dormir tão bem.
Portanto, quando acordei, vesti os boxers e dei uma vista de olhos ao tal canal. ( Eu durmo nu, gosto da sentir a flanela ). Eis que estava a dar um programa que consistia em quatro mulheres a falar de futebol.
Antes de eu dizer alguma coisa, vou só rapidamente empunhar uma espada e um escudo, só para me prevenir de meninas que se lembrem de vir atirar um ou dois calhaus, por pensarem que sou machista. Mas não sou, eu nem gosto de homens.
Mas quatro mulheres a falar de futebol?
Futebol?
É como ter quatro homens ( heterossexuais ) a falar sobre soutiens. Ou batôn. Reduzo isto aos heterossexuais, tendo em conta o provável conhecimento dos restantes na matéria.
Do que vi, pouco falaram de futebol. O que à partida parece bom. Aproveitaram antes o facto de estarem na televisão para cascar nos homens.
Mandam-me logo assim uma joelhada na orelha ao dizer que “as mulheres têm uma maior capacidade para trabalhar”. Que são inclusivamente mais versáteis.
O quê?
Peço desculpa mas....que discriminação. E falsidade.
É impressão minha ou um homem mineiro é mais eficiente que uma mulher? Nem deve haver fatos de mineira. E se há, só deve haver o XL.
E porque é que os militares são maioritariamente homens?
Exacto, porque bebem mais que as mulheres. Aguentam uma grade de imperiais no bucho e se for preciso ainda andam à porrada com um cão. E ganham.
Mas também é pelo facto de serem fisicamente mais fortes.
Há também muitas mulheres que “vão ao futebol para ver as pernas dos jogadores e aquela coisa não sei quê”. Ah então é isso...
Uma delas ainda aproveitou o facto da câmara estar a apontar para ela, com a luzinha vermelha acesa, para sorrir. E para dizer que o Quique não era o que ela esperava. É pena. Porque um dos meus objectivos a nível de realização pessoal era, precisamente, fazer com que aquela senhora apreciasse o Quique Flores, quer a nível estético, quer a nível intelectual.
Disse que o homem parecia um garoto. Muito pequenino, magricela. Com calças de ganga e t-shirt.
Nesse aspecto realmente concordo. Que raio de pessoa de 43 anos se veste com calças de ganga e t-shirt? E ainda por cima é magro. Que anormal.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
O Capitão.
Bom... Vem ai uma rubrica semanal ou qualquer outro nome pomposo que lhe queiram dar. E porquê? Porque são vocês, os dois ou três leitores assíduos da parvoíce aqui descrita que iram escolher. A vossa participação é fundamental. Não só vão escolher o nome do programa como também vão ser as vossas próprias historias (aquelas que mandam para o mail) que serão alvo de comentário. E que historias são essas? Aquela em que eu fui a azáfama da morata e fiquei sem gasoil? Não. Aquela em que fui ao estádio do morata FC? Não. Aquela em que engravidei a funcionaria da escola pela orelha?Sim. Aquela em que dei três pontapés na boca da minha namorada?Sim. Resumindo: Vai ser uma espécie de "Diario para Ele" e "Diario para Ela" tipo revista maria. As historias tem de ser enviadas para o email. Sendo Anonimas ou assinadas quando assim é pedido. Podem ser inventadas como as da maria. Mas se forem reais ainda melhor porque no fundo nos estamos cá para ajudar. Pronto não estamos. Estamos para nos rir. Concluindo, quem ira responder as vossas cartas será um senhor denominado capitão robi regendo-se pelo: "A arte da sedução sem espinhas". Um dos três ira transmitir os ensinamentos desse grande senhor.
Toca a mandar mails sff.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Como montar uma mota com peças de um fogão.
1.1 - Caso não tenhas conseguido desmanchar o fogão com a chave não há problema. Se o teu pai for lenhador, pega no machado ou na moto-serra, e rebenta com aquilo.
2 - Com os bicos do fogão vais fazer malabarismo. Primeiro experimenta com dois, porque aquilo é feito de ferro e pesa. O malabarismo serve para distraíres a tua mãezita de te dar uma valente surra.
3 - Atira com um dos bicos à cabeça da tua mãe. Se o teu pai disser alguma coisa, atira também um. Se o vizinho aparecer para pedir sal, atira também outro, e depois desconfia do que a tua mãe, ou o teu pai, anda a fazer.
4 - Pegas num modelo da Yamaha tirado do emule, e com a chave de fendas da tua irmã lésbica começa a construir as rodas.
4.1 - Caso não tenhas irmã lésbica, pede ao teu avô lésbico.
5 - Depois desse trabalho todo a fomeca aperta, contudo fizeste com que metade da família fosse dormir. Não há problema. Come um Super-Maxi.
6 - Pega no martelo e na porta do forno do fogão. Vais construir o quadro da mota.
7- Reparaste que não dá para fazer o quadro a partir da porta, e que o passo 6) só te fez perder tempo. Aprendeste uma lição: ler antes de fazer.
8 - Pega nas grelhas do forno e com o secador de cabelo derrete isso para fazer o guiador da mota.
9 - Reparaste que não dá para derreter com o secador, e que o passo 8) só te fez perder tempo. Aprendeste uma lição: és burro que nem uma porta.
10 - Derrete as grelhas com qualquer coisa, porque com isso vais mesmo fazer o guiador.
11 - A tua mãe deve estar a acordar. Prega-lhe um petardo na boca.
12 - Nesta altura já deves ter algo parecido com isto:
13 - A parte mais difícil. A matricula. Vais á direcção geral de viação...não fujas. Então? Depois de tanto trabalho desistes?
sábado, 29 de novembro de 2008
Eu voto. E tu? Ok, não quero saber.
Está aberta a votação para os acontecimentos do ano, numa revista de renome, cujo nome não vou revelar com o intuito de não publicitar a mesma ( é a Visão, xiu ).
Aos leitores é oferecida a possibilidade de votar nas seguintes categorias:
- Figura nacional do ano
- Figura internacional do ano
- Acontecimento nacional do ano
- Acontecimento internacional do ano
Não existem “nomeados”, o que significa que podemos votar no que/em quem quisermos, através de e-mail.
Para quem está indeciso, deixo aqui uma despretensiosa sugestão para Figura nacional do ano – este blog.
Por favor votem no blog. Estão decerto neste momento a coçar a nuca com o mindinho da unha grande por acharem que o blog não é uma pessoa. Pode não ser para vocês! Mas para mim, é como um filho. E vou votar nele, porque sim.
Bem, pondo de parte:
- Um ano terrível a nível financeiro, cujas previsões para o próximo ano são ainda mais assustadoras.
- Um ano terrível a nível de educação, tendo em conta o pavoroso relacionamento entre professores e ministério.
- Um ano terrível a nível social, com a crescente taxa de depressão, em consequência de crises de outra índole.
- Um ano terrível a nível de saúde, com uma aparente desorganização no preciso ministério.
- Um ano terrível a nível de Benfica. Ok não irei tão longe. Não é um ano. Mas talvez uns diazinhos. Aquele 5-1 ainda me está atravessado na garganta, o bicho.
Resumindo. Pondo de parte o facto deste país parecer andar de marcha atrás a uma velocidade deslumbrante, a quaaaaaaase todo níveis, penso que estamos preparados para afirmar que o Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo. Não só no que diz respeito a futebol. Ele é a melhor pessoa do planeta, em tudo o que é actividades humanas. Ele faz tudo melhor que toda a gente.
Adiante, os meus votos vão para:
- Melhor figura do ano : Este blog, que como referi é um filho. Caso não aceitem esta votação, estarei disposto a fazer um esforço. O meu voto irá, então, para aquele senhor cujo nome me escapa neste momento e cuja tremenda preguiça me impede de investigar neste momento. Aquele que foi aos jogos olímpicos, mas desculpou os seus resultados com o facto das actividades desportivas decorrerem muito cedo. Está-se bem é na caminha. Ainda por cima na China. País mundialmente conhecido pelos seus colchões que só apetece é ficar lá o dia todo.
- Figura internacional do ano – O professor de Estatística. Porque é das poucas pessoas do mundo que consegue arrepiar a nossa espinha apenas com o olhar. Personagem que tem a capacidade de olhar fixamente para nós durante largos minutos, sem rir, chorar, ou mesmo pestanejar. Sem pronunciar uma palavra. Cá para mim, imagino-o a pensar em coisas do género “Vou matar-te. Arranco-te os olhos e como-os a seguir. Crus”. ( Crus imaginem...nada de grelhados, ou mesmo estufados. Assim, sem mais nem menos ). Daí eu estar quase no limite de faltas. Por vezes fico deitado na cama, porque tenho medo de ir às aulas. Mas tranco a porta do quarto, porque fico sempre a conjecturar que ele possa notar a minha falta e vir bater à porta. Ou então nem bate, arromba-a logo. Com os olhos. E depois mata-me.
Insere-se na categoria “Internacional” porque com alguma sorte, o senhor é romeno.
Acontecimento nacional do ano – O facto de, aos 20 anos, me surgirem pequenos indícios daquilo que um dia irão ser pêlos faciais. Um aqui. Outro ali. Nada de extravagante. Finos pêlos que surgem assim do dia para a noite. Fazem-no pela calada. A ver se eu não noto. Pêlos esses que pelas minhas previsões, aos 27 anos irão completar aquilo a que se pode apelidar de barba de gente normal crescida.
Acontecimento internacional do ano – Não sei. Este ano não saí de Portugal por isso não vi nada. E tenho sempre a televisão desligada, porque ela às vezes começa a fazer aquele rugido que me irrita. E fica com formigas, a preto e branco. Sempre a mexerem-se muito rapidamente. Aliás é das poucas coisas que vejo na televisão. Esse programa das formigas. Gosto de ver a maneira como elas se movem, de forma arrojada. O que ainda não percebi é o que elas estão a fazer, embora fique sempre com a vaga sensação de que estão a reproduzir-se. Eu nem quero imaginar a consanguinidade que vai para ali...
Bem, posto isto talvez vote na reprodução das formigas da televisão então.
Despeço-me com amizade, como o outro.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Srs e Sras. apresento-vos... Marcos
Claramente não seria Joe the Plumber, seria algo mais José o Canalizador, Marcos o Electricista, Joaquim o Vindimeiro, Nando o Empreiteiro, etc. E ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, onde aquela personagem ganhou popularidade após perguntar ao candidato vencedor que tipo de imposto iria sofrer o seu negócio, cá, o nosso Raúl o Sindicalista (há quem faça disso profissão), iria ficar famoso ao chamar/inventar para cima de 20 mil nomes ao actual primeiro ministro, José Sócrates.
- E é para todos os Marcos do nosso país, que iremos adoptar estas medidas. Onde é que estás Marcos? Levanta-te. (Marcos levanta-se e é ovacionado de pé)
- Não quer dizer umas palavras, Marcos? (passam um microfone ao Marcos)
- O Sócrates é um mentiroso, que come os macacos do nariz. E nas sextas-feiras veste as cuecas da segunda-feira, o porco.
- Obrigado pelas suas palav…
- E gosta de homens, o maricas.
- Já chega Marcos. Obrigado.
- Oh Borges, precisamos mesmo de usar este homem?
- Temos Sr.ª. Dr.ª. O povo gosta dele.
Já o 24 Horas e o telejornal da TVI e também o da SIC se iriam divertir com os impropérios atirados contra Sócrates.
Embora, devo confessar, seja hilariante imagina-la a comer tremoços com o Raúl.
domingo, 23 de novembro de 2008
João...como o pai.
Era uma vez uma perna de uma mesa. Mas não era a perna de uma mesa normal, pois esta mesa tinha 4 pernas...pensando bem isso até uma mesa normal, nem sei porque é que disse aquilo!
Esta mesa era feita de pinheiro... ou de carvalho, ou de cerejeira, ou de abeto, ou de bordo, ou de ferro. Eu não sei bem porque não estava lá, quem me contou isto foi um amigo à já alguns anos. Ele não era exactamente amigo meu, era mais um conhecido com que se bebe umas imperiais. Já não o vejo há algum tempo. Isto porque morreu. Tinha uma irmã bem boa. Também morreu.
Era uma boa mesa e uma deliciosa perna. Sabia a algodão doce com um toque de farinheira.
Sabem que mais...a perna não sabia a nada disso. Porquê? Porque talvez esteja a falar da perna de uma mesa e não de um pequeno-almoço.
-Mas tu tomas esse tipo de pequeno-almoço?
-Não.
À perna novamente...
A função da perna era equilibrar a mesa. Esta mesa foi feita pelo coxo de uma história anteriormente publicada. Esse coxo era carpinteiro e trabalhava sobretudo com madeira e assim impossibilita o facto de ele algum dia ter feito uma mesa de metal, portanto esqueçam aquela parte em que eu disse que a mesa podia ser de ferro, porque o ferro não é madeira e nunca há-de ser. Escrevam o que eu digo. Nunca. O coxo comia iogurtes magros e fazia mesas para pessoas feitas de metal. Contudo ainda não existem andróides e assim o negócio vai fraco. É uma história triste, esta que vos conto, mas a vida é assim. Um dia estamos no topo, no dia a seguir continuamos no topo, porque sair de lá é algo ainda demora.
Voltando à mesa...aliás à perna...
A perna não tem barba. Eu tenho. Já não faço a barba a algum tempo. E porque é que se diz fazer em vez do verbo correcto que é cortar. Fazer barba? Como é que se faz isso? Deixa-se o tempo passar? Pois... Mas como estava a dizer agora eu tenho uma "farta" barba, que diga-se de passagem me fica ridícula. De manhã quando acordo, o senhor que vive no espelho, vira-se para mim, estica-me o indicador e começa-se a rir, e após este momento segue-se a seguinte pergunta: Então mas tu não me cortas isso? Questão à qual, eu também com o dedo esticado, respondo com: Mas tu também tens. Nesse momento o indivíduo do espelho, passa a mão pela sua barba, olha novamente para mim, e começa a chorar. Eu, quiçá por piedade, alinho no choro desenfreado daquela pobre criatura. Eu chamo-lhe Miguel André. Ele é feio.
Em todo o caso, as mesas são boas porque dá para comer sentado.
Mas o motivo deste post é falar-vos sobre Ambulâncias.
Porque é que as ambulâncias têm as letras viradas ao contrário?
AICNALUBMA.
Que tipo de deficiente só consegue ler assim? Não entendo. Talvez seja só para diferenciar as ambulâncias das IVECO dos ciganos. Não vá um cigano a acelerar na 25 de Abril, e assim quando as pessoas olham pelo retrovisor...aahhhh...olha pois é! Afinal serve para que as pessoas ao olharem no retrovisor, possam ler correctamente a palavra. Pensando bem isso até é... estupido. Quem é que vai confundir uma carrinha branca a apitar e com luzinhas azuis no tecto, isto a alta velocidade, com um riquexó? Um bocado idiota. Aliás se não tivesse nada escrito até seria melhor, isto porque com os ciganos ninguém se mete, e assim a ambulância teria prioridade.
Em todo o caso há coisas do Diabo...como o reflexo.
O Miguel André que se cuide, que eu ainda escrevo na testa OCINÈRFOZIUQSE.
sábado, 22 de novembro de 2008
Apelo à boa vontade das pessoas
A comida já escasseia nesta casa. Às vezes dá-me a fomeca, vou ver e só há bolachas daquelas com passas. Já duras. E sabem a cartão.
Eu até me levantava e ia ali ao mini-preço, que eles têm aqueles bolos feitos da massa do pão, muito bons. E nem sabe a pão, sabe mesmo a bolo. Mas está-se aqui tão bem. Além disso à bocado fui espreitar e tavam a cair cubos de gelo. Mas uma coisa...
É como se tivesse posto um garrafão de água no congelador. Depois quando aquilo finalmente congela, cortamos o plástico do garrafão e fica só o bloco de gelo. Em forma de garrafão. Estavam a cair blocos exactamente assim, por forma que eu com este tipo de chuva não me meto em aventuras. Portanto vinha pedir a quem está a ler isto, se fosse possível ia ao super-mercado e trazia-me comida. Não é preciso ir já, que agora tá fechado. Mas iam pela manhã e davam-me isso antes de almoço. Mas não antes das 3 da tarde. Eu de terça a domingo gosto de dormir bem. Tragam-me água, que tou com sede. Tragam também anchovas que vou experimentar uma receita que vi no outro dia ali na paragem do autocarro. Umas bolachas com passas, se já tiverem duras deixem-nas lá. Olhem bem para os prazos de validade que eles ali metem as coisas fora de prazo à frente das prateleiras, que é para tu esgotares o stock de material estragado.
Pronto era só isto. Já agora tragam-me um pijama, daqueles rascas. Não precisa ter bonecos, mas se tiver melhor. Tamanho M. É que à noite começa a fazer fresquinho. E às vezes esqueço-me de fechar a janela toda e vem aquela brechazinha de ar fresco, quando dás por ti tás com uma insolação em cima na manhã seguinte. Ou é gastroenterite, já não sei, confundo sempre as duas por causa do nome.
Eu até telefonava a alguém para me fazer isso mas o telemóvel tá ali no outro quarto a carregar e não me apetece levantar. Além disso tou descalço e o chão tá frio. O do quarto não, que é de madeira, mas o do corredor é mesmo azuleijo, daquele a imitar tejoleira. E consegue ficar mesmo gélido. Ainda por cima tá a dar um espectáculo de magia na televisão. Cortaram um senhor ao meio com uma roda que corta. E ele não sentiu nada.
Tão vá até amanhã.
PS: Tragam só um pacote de vinho de mesa branco. Que eu assim faço uma omelete ao almoço que já há muito tempo que não faço. Quem me trouxer isso pode comer uma garfada da omelete.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Fresca ou natural? Os dois, num só. Se faz favor.
Eu conheço uma pessoa que é inteligente e burra ao mesmo tempo. Curiosamente também é alta e baixa. Gorda e magra, tudo ao mesmo tempo.
Não, não conheço.
Porquê?
Porque não faz sentido. É impossível.
Então e uma coisa quente e fria ao mesmo tempo? Ah isso já se arranja.
Aonde? Aqui.
Nestea Hot´n Cold? Mas que raio? É só a mim que isto faz confusão? Nem durmo à noite a pensar nisto. Nah não vou tão longe...Tenho mais em que pensar, como nisto.
Ouvi dizer que iam lançar o novo Nenuco Pretty´n Ugly já este Natal, para os gaiatos. Um boneco que é bonito e feio ao mesmo tempo. Sucesso de marketing no que depender de mim – mas não depende.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Despacha-se já isso...
Mas não há necessidade de, 2 meses antes do senhor Jesus nascer, já estarem colocadas as luzes de Natal em tudo o que é sítio.
Chega-se ao final de Outubro e, certo dia, saímos de casa e sente-se de imediato qualquer coisa no ar. Qualquer coisa mudou. Dá-se um passo e é possível avistar a soberba árvore de Natal.
Por mim tudo bem, mas se começam a abusar da boa vontade das pessoas qualquer dia chega-se ao dia 25 e já tá tudo farto do Natal. É o velho de barbas a aparecer e fica sujeito a levar uma bisca. É um cheiro a castanhas que já não se pode.
O problema reside nos ciúmes. Passo a explicar. É que só fazemos isso com o Natal.
Que é feito do Carnaval? Do Halloween? Da Páscoa? É que a dona Páscoa é muito ciumenta. Se é para fazer estas coisas, fazia-se para todos, que assim é que é bonito. O ano novo prolongava-se vá...até meio de Março. Mas entretanto começava-se a fazer os anúncios à Páscoa e ao Carnaval. Como calham os dois ali numa zona muito próxima, acho que não se importam de ficar os dois juntos. Mas é questão de telefonar aos senhores. Acho que vivem os dois juntos e tudo. Isto ninguém me contou, disse-me ali a dona Clotilde do 2ºesq. Diz que já faz 3 meses que vivem juntos – o carnaval e a dona páscoa. Muito boa pessoa, tirando os ciúmes. Mas a dona Clotilde queixa-se muito do barulho. É um a besuntar-se todo e a abanar as mamas, como fazem lá no Rio de Janeiro, é o outro a imitar Jesus na cruz. Olha rimou. E depois metem a música alta até às tantas da manhã. Ainda se fosse um belo fado ainda era como o outro, diz ela. Mas eles metem aquela músicas malucas lá da discoteca.
Bom, prosseguindo. Isto era coisa para se fazer até Maio. A partir do início deste mês era começar a distribuir panfletos sobre o Verão.
- Panfletos sobre o verão? Tao mas o verão é alguma marca para ser publicitado ?
- Não é uma marca. Mas eu gosto do verão e do calor e da praia. E como mando em Portugal, se eu quiser faço panfletos sobre o que bem me apetecer!
- Com certeza...
- Já agora quem é o senhor para me vir dirigir a palavra assim do nada?
- Sou eu que limpo a escadaria aqui do prédio.
- Ah é? Então depois quando tiver um tempinho há-de ir lá acima ao pé dos sótaos, que o meu cão no outro dia fez lá xixi e acho que ficou mancha.
- Ai o caralho...
- Desculpe?
- Que falho. Do seu...cão.
Lá para o meio de Setembro já começa a vir aquele fresquinho. Já não apetece praia. Nem gelados. A menos que seja daqueles que tem caramelo em cima. Mas tem de ser de copo. Que quando pego no gelado fico com as mãos frias e vermelhas. Uma camisolinha de manga comprida já começa a cair bem. E à noite? Ui. Ele às vezes faz um gelo...
Começava a meter-se a luzes de Natal em Setembro, para ficar tudo logo despachado. Quanto mais cedo melhor. Para não virem dizer que deixamos tudo para a última da hora.
Agora que penso nisto. Se calhar o melhor é mesmo nem tirar as luzes nem a árvore. Deixa-se isso tudo montado para o ano seguinte. É metade do trabalho, metade do tempo. Tempo é dinheiro. Ganhamos assim o dobro do dinheiro e matam-se dois coelhos com uma cajadada apenas. Resolve-se o problema dos eventos anuais e a crise financeira.
Agora vou despir o fato de Pai Natal que tá-me a dar calor. E aqueles fiozinhos de lã soltos tão-me a fazer comichão aqui no pescoço.
PS: Fica aqui um especial agradecimento à Lili que aproveitou o seu óptimo sentido de observação, e desta forma deu, gentilmente, a ideia para este post.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
"Ferreira Leite sugere suspensão da democracia por seis meses"
Só para ver no que é que isto vai dar.
Obrigado, volte sempre.
Nunca pensámos arrecadar tantos votos, mas não sabemos ao certo, se os 46 votos do Ortiz no Sim, são confiáveis, estatisticamente falando. Para quem não consegue ler, foram:
- 50 votos no Sim;
- 3 no Não;
- 7 no Hmm...coiso;
- 9 no -_-'.
De qualquer forma, é com enorme agrado que constatamos que pelo menos dez pessoas acharam piada às nossas façanhas. Pessoas às quais, convenha-se dizer, não tivemos de pagar qualquer tipo de montante, ou fazer qualquer tipo de favor.
Assinado: O submarino.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Ideias Soltas 2
-Um tubo de aço
-Uma pá
-1 litro de cal
-Um carro com bagageira grande
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"Eu não gosto de ficar preso num elevador!"
Eu ouvi esta frase algures e dai a minha fértil imaginação ter ficado em polvorosa, isto porque só o facto de imaginar alguém que goste de ficar preso em elevadores, é um rebuçado para a minha estupidez. É que é simplesmente incrivel como alguém pode abrir a boca para dizer frases desse genero! E assim sendo, aqui ficam mais umas:
-Eu não gostava de ficar careca.
-Eu nao gosto de estar doente.
-Eu não gosto quando sou mal atendido.
-Eu nao gosto quando gozam comigo.
-Eu nao gosto quando falam mal de mim nas minhas costas.
-Eu nao gosto quando tropeço e caio.
-Eu nao gosto de doenças.
-Eu nao gosto de pobreza.
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Toda a gente já viu pelo menos um episódio dos Morangos com Açucar, mas nunca ninguém me conseguiu explicar os acessórios de moda e penteados que aquela gente usa. Eu, que sou daqueles que ainda vive naquilo que considero mundo real, nunca vi niguém a ir com uma gravata para o liceu. E onde eu andei acreditem que se alguém atrevesse a ir com uma gravata, provavelmente acabava o dia a chorar. Ah belos tempos! Como resolver esta nódoa:
-Seguir o plano para o pessoal do cinto, mas neste caso arranjar uma carrinha de caixa aberta, visto que há mais do que um argumentista a escrever para a novela.
domingo, 16 de novembro de 2008
A sério? Não, A SÉRIO?!?
Ora bom, é sábado eu acordo são 10:45, fico na cama mais 16 minutos e levanto-me. Duche, vestir, saio de casa são 11:35. O “metro” não vale nada, tenho de apanhar táxi. Chego à papelaria ainda falta um quarto de hora para o expresso chegar. Compro o bilhete e dirijo-me ao terminal. Entro no expresso é 12:10. A partir dai é uma viagem de uma hora e quarenta e cinco minutos que será feita a dormir. Chego a Évora, troco de Expresso, para poder chegar a Elvas. O autocarro parte são 13:50, numa viagem que durará mais 1:20. O expresso arranca naquilo que se previa em mais uma viagem calma, em que passaria agora parte do meu tempo a ver Eli Stone, que diga-se de passagem é uma bela série. Viajo no primeiro andar de um autocarro de dois andares com mais duas pessoas. Boa série, poucas pessoas a chatear-me e não havia reflexo do sol no monitor. Mas como tudo na vida, acontece sempre algo que não prevíamos. E pensamos: #$%&-se, porquê?! Porquê agora? E como podem assumir, algo sucedeu nesta minha jornada.
Neste momento devem estar a pensar: Mas o que aconteceu? O autocarro avariou? Um acidente? Alguém começou a cantar? Um dos passageiros, sem respeito para com os outros, decidiu ouvir música em alto e bom som? Não. Já irão saber o que se passou.
Ora bem, primeiro episódio de Eli Stone terminado, começa o segundo e é neste momento 14:20. Bela hora não é? Duas horas e vinte minutos de uma tarde de sábado. Bem para ser honesto esta hora não me dizia nada de especial...até 15 de Novembro de 2008. Como estava a dizer, começa o segundo episódio do Eli, e levanta-se um senhor a dizer o seguinte: Ai #$%*-se, não aguento mais! Ora eu curioso como um gato (han?), viro-me para ver o que aquele Sr. ia fazer. Tenho que dizer que não estava à espera. Acho que ninguém espera que alguém faça o que aquele gentleman fez numa viagem de autocarro. E o que fez aquela adorada criatura de Deus? Bem começou por desapertar as calças, ou pelo menos a braguilha, e em seguida urinou. Para o balde do lixo. Ele mijou no autocarro. Ao pé de mim. Ele simplesmente...saca daquilo e...
Eu, surpreendido, decido mandar imediatamente umas sms's a relatar o que acabou de ocorrer. A questão que eu fiz na mensagem foi se este tipo de acontecimento é algo usual nas viagens de transporte público. Um deles responde-me com FOTO!, e o outro responde à questão com É. Eu também queria ter tirado uma fotografia, contudo o meu Nokia 5210 não está equipado para esse efeito. É pena, porque tornaria este post mais visual. Mas a história não acaba por aqui.
Depois de extinto o não-incêndio no cesto dos papéis, o Sr. aproxima-se de mim. Eu, assustado, recolho-me um pouco, isto porque para além de ter visto alguém que supostamente pertence à classe dos Homo sapiens a urinar para um balde, no meio de uma viagem, deparo-me também que esse mesmo individuo se inclina para cima de mim. Ora estamos a falar de alguém que tem aproximadamente 40 anos, falta-lhe dentes, e é mais feio que um Boxer depois de atropelado. Mas tenho de lhe reconhecer a educação, pois pediu-me desculpa. Eu simplesmente não disse nada. Acho que não havia nada a dizer. Simplesmente teria que ignorar. E foi o que tentei fazer. Mas o cheiro não me deixou. Eram 14:23 e assim foi até as 15:10. Ele saiu 15 minutos antes em Borba. Cabrão.
sábado, 15 de novembro de 2008
Se fizessem o favor. Obrigado.
É conveniente apontar a ferrugem do velhinho Reliant Robin – automóvel de 1979. Os caros leitores não conseguem ver mas eu faço o favor de esclarecer que o carro tem apenas três rodas, sendo um carro invulgar.
Eu gostava de propôr aos jogadores do Benfica, para aqueles que estão a ler isto ( Nuno Gomes não tenhas vergonha, eu sei que lês o nosso blog. No shame on that. ) que fizessem algo do género. É que parece que a única forma de diversão que vocês arranjam é sair à noite, apanhar umas valentes cadelas ( cadelas cá em baixo é bebedeiras, e não mulheres, ou mesmo cadelas como quem diz a mulher do cão ), e depois chegam atrasados aos treinos. E depois jogam mal não é? Pois.
Tão a ideia consiste no seguinte: o jogador que tiver pior desempenho terá de ir para casa, de patins. Com o fato do Poupas amarelo.
Pronto era só isto, se fizessem o obséquio. É que eu pago é para vocês jogarem como deve ser.
- Mas tu nem és sócio do Benfica.
- Pois não, mas posso vir a ser...
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Oh água do… parte 2
O pássaro é um bicho curioso. Gosto muito de ouvir os pássaros cantarem. É uma melodia tão bonita. Melodia que nos enche a alma e nos faz pensar que a vida é fantástica. Mas… não as 5 da manha. Tão não é que o pássaro se mete as 5 da manha a cantar como se não houvesse amanha? Nem de dia era! A minha vontade assim que acordei ao som irritante do bicho foi levantar-me, serenamente, caminhar até a gaiola, serenamente, retirar o passarinho para fora da mesma, serenamente, e mandar-lhe três pontapés na zona da face e perguntar: “Então mas tas parvo meu badocha?” “Então mas ainda nem de manha é, e tu tas feito pavarotti?” imaginei o pássaro ali… ensanguentado… penas por todo o lado e ele a olhar para mim com um ar arrependido ou melhor, um ar morto.
Mas nisto pensei: “E se o gajo se vira a mim? Ainda me vaza uma vista…” obviamente cheguei a um pensamento que vergonhosamente nunca tinha chegado e que sei que vocês já lá estiveram: Como é que um pássaro dá um pontapé na boca a outro pássaro? Será que bate as asas e eleva-se como o pontapé a karate kid? Olha que ainda é preciso técnica. E como é que eu sei disto? Tentei agora fazer e o facto de não ter asas fez com que caísse. Acho que o mistério fica mesmo no ar.
Espero que o gajo não volte a fazer o mesmo até porque há também outra coisa curiosa: eu tenho um gato. Gato esse que adora caçar tudo o que mexa e que tem um brilhozinho nos olhos enquanto olha para o pássaro. Portanto oh pássaro badocha… não me faças meter o gato dentro da gaiola ok? É que o gato ainda é menino para te engolir sem mastigar… Eu só conseguia depois de duas dentadas. Bom.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Oh água do...
Hoje nem vos vou dirigir a palavra que é para não me irritar já. A noite foi má olhar para vocês de dia ainda foi pior. Ao menos a noite esconde muita coisa. As vezes dava jeito andar de olhos fechados mas bater de boca nas paredes nem sempre tem o melhor sabor.
Tomar banho de manha é para mim obrigatório. É o que me faz despertar, ainda que ligeiramente. É algo que foi escrito no meu contrato com o diabo. Algo que se eu não cumprir faz com que aconteça algo de muito mau… a vocês. Por exemplo: matar alguém aleatoriamente com um palito. O que até dá jeito mas dada a componente aleatória da coisa fica para mais tarde.
Bom… Acorda o Tiaguinho hoje de manha eram 11:30 as aulas tinham começado às 9horas. Encaminho-me então sonambulamente para a banheira. Nisto quando vou abrir a torneira (já dentro da banheira) fico com uma ligeira sensação que me faltava algo. “Mas o que?” penso eu enquanto olho para a minha cara no espelho do outro lado da parede. Hmm olho para baixo… confere. Tinha os braços e as pernas. Então o que? Pois… falta exactamente aquela coisa que não me deixa ver a minha cara agonizante ao espelho logo pela manha e que curiosamente tem outra utilidade também muito importante: não deixar que a aguinha que cai em cima do Tiaguinho se expanda por toda a casa de banho. Resultado: Tiaguinho todo nu a apanhar água do chão da casa de banho. Não é uma imagem bonita.
Oh gente da câmara não se arranja uma casa onde já ninguém inteligentemente me tire a cortina da casa de banho? Uma daquelas boas e com rendas espectaculares. Obrigado.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Pai Natal aperta o cinto ( Parte 1 de sabe-se lá quantas...)
Aproxima-se a minha altura do ano predilecta - o Natal. Fica aqui desde já bem assente que gosto do Natal, não na sua vertente religiosa, até porque o meu mindinho da mão esquerda ( e o anelar da mão direita também se pronunciou sobre o assunto ) me diz que essa coisa de Deus e de um senhor de barbas que anda sobre a água é algo de altamente improvável. Mas quem é o meu mindinho para desmentir aquilo em que biliões de pessoas acreditam? Apenas um dedo.
Mas também não é pelos presentes ( resposta que pode parecer a politicamente correcta, mas é a verdade ), que os coitados dos presentes, são tão fraquinhos, que se fosse essa a razão, então o ano seria uma pasmaceira que...enfim.
Então porque é que gosto do Natal? Não sei ao certo, há qualquer coisa simplesmente mágica ( ah que bonito. Cala-te ).
Talvez seja o velho badocha de barbas vestido de vermelho.
Segundo um estudo realizado pela Associação de Estatística para Saber Como Vai o Bolso dos Portugueses pela Altura do Natal ( abreviadamente – AESCVBPAN, nome que apesar de ser complicado de pronunciar, conseguiu ser roubado por uma empresa farmacêutica que deu este nome a um analgésico ). Como dizia, segundo este estudo,
“77% dos inquiridos declararam que em 2008 estão a ter um poder de compra inferior ao de 2007 e que o rendimento disponível para as compras de Natal é igualmente mais reduzido”. Um estudo um tanto ou quanto desnecessário, pois levou cerca de cinquenta pessoas licenciadas em engenharia de coiso a estudar um caso cujo resultado era conhecido por todas as donas de casa deste país que fizeram uma previsão exacta da situação em pouco mais de cinco segundos.
«Neste cenário, os portugueses pretendem adquirir presentes mais úteis e estarão muito atentos às promoções efectuadas nesta época do ano», refere a Delloite ( e este nome não estou a inventar, é mesmo uma instituição, das sérias. Nada que se compare a brincadeiras tipo o Banco de Portugal ).
Sinceramente eu não vejo matéria que pode ser mais útil que umas meias da raquete. Ou um pullover de malha feito pela avó, com o desenho das renas. Toda a gente conhece as meias brancas da raquete, e para quem estiver a ler isto e a levantar o sobrolho porque não faz ideia do que falo, então o que tenho a dizer é “deves ser rico tu, menino da merda”.
“No entanto, segundo as previsões da consultora, as crianças não serão afectadas pela crise, pois não se estima um decréscimo dos presentes atribuídos pelos adultos.”
«Os brinquedos electrónicos serão bastante procurados, pelo que a expectativa de comportamento deste mercado pode ser encarada com optimismo»
Pronto ao menos isso, que susto. Até me veio o coração à boca. Tirem-me os luxos, tirem-me o dinheiro, tirem-me tudo, mas não me tirem o pão da mesa, a saúde, e a playstation. Ao menos uma faixa etária que no meio disto tudo, ainda vai poder jogar playstation portátil, só não se garante que não o façam à luz das velas.
“Segundo a Delloite, gastar menos em presentes provavelmente não quererá dizer oferecer menos presentes caros, o que pode ter um impacto positivo em certos segmentos de retalho, tais como grandes lojas de electrodomésticos, artigos de luxo e produtos de marca.”
Claro que não, onde é que eu tinha a cabeça...Esqueci-me que nós temos uma impressionante capacidade para arranjar dinheiro nas alturas críticas.Geralmente é um ano inteiro na penúria, a choramingar. Eis que surge o fim-de-semana do festival do marisco. Antigamente era o festival do marisco, agora é o fetival do marisco, do pão, da cortiça, das lâmpadas, dos pneus e dos guardanapos ( ao início não percebi o porquê dos guardanapos, mas revelou-se ser o instrumento fundamental para limpar o chavascal todo ). Aí até o cão ajuda, se for preciso faz um esforço e come os restos dos humanos, que nunca fez mal a cão nenhum. Não se pode é faltar ao fesivalzinho. Com esse nome imagino o que é que se faz por lá...
Bem, ao que parece este ano vai ser mais fraquinho. Penso que em vez de meia dúzia de pares de peúgos das raquetes, vamos ter umas meias só com uma raquete, para poupar tinta. Se é para isso mais vale estar quieto. Ou então dêm-me uma boa garrafa de Whiskey 12 anos. Tão mas gostas de whiskey? Por acaso não, mas sempre quis dizer whiskey 12 anos porém nunca encontrava o local ideal para usar o conceito. Dêm-me antes uma boa garrafinha de Sem Chumbo 95.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Não me vás morrer agora...
A sério, se o planeta Terra fosse um organismo com capacidade intelectual, neste preciso momento, em que eu presencio na SIC a Taça Ibérica de Balonismo (é uma competição entre balões de ar quente...ui!), a Terra simplesmente estaria a agitar-se de tal forma, para se libertar de nós, que por pouco não sairia do eixo gravitacional. É impressionante a capacidade de merda que um ser humano pode pensar e criar. Para quando a criação do Campeonato Mundial do Berlinde, ou até Rugby Sub-Aquático? Já existe?!? OOOHHHH…isto está bonito está!
A partir do momento em que uma marca de bebidas energéticas tem em seu nome uma prova de corridas aéreas está tudo dito. O mais preocupante de tudo é que tem seguidores! Sim, existem pessoas com tempo e paciência, para ver gajos dentro de um avioneta a fazer manobras que se repetem, repetem e voltam a repetir. E as pessoas vibram! Agora como é natural, para quem gosta deste tipo de eventos, irá defender-se advogando a idiotice inerente aos seguidores da Moto GP e da Formula 1. A diferença meus caros palermas, é que um carro e uma mota praticamente toda a gente pode ter. Com maior ou menor dificuldade financeira, pode chegar a um stand e comprar um destes utensílios de locomoção. E por cerca de €600 a €800 pode-se adquirir uma carta que te permite circular com o dito veiculo. O que nem toda a gente pode fazer é chegar ao stand da Peugeot e dizer: Avie-me aí um Zivko Edge 540, oh se faz fineza - primeiro porque a Peugeot não faz avionetas, e segundo porque não entrámos numa farmácia. E para além disso meus caros patetas, diz que custa também um bocado tirar a licença de aviação. Daí os fãs da Moto GP e da F1 terem desculpa, porque pelo menos sabem os mecanismos de condução. Quantos podem dizer o mesmo em relação à condução de um piloto de aviões?
Prosseguindo com o chorrilho de asneiras desta santa população, que me dá temas para escrever também um outro chorrilho de patacoadas.
Tal como existem várias competições para criar enfarte do miocárdio (estou é claro a falar das disputas entre bácaros humanóides para se descobrir qual deles consegue ingerir comida da forma mais rápida e nojenta), podia ser criado um novo estilo de deterioramento da saúde. Imaginem a primeira competição de (rufo de tambor)...quem rebenta com o pâncreas mais depressa! Sim é isso mesmo... A primeira competição em que o vencedor seria o primeiro a morrer com diabetes! Ao contrário do concurso dos cachorros e hamburgueres, este iria durar quase um mês, e seria muito mais divertido, isto porque para além da longa duração da disputa, a alimentação dos concorrentes seria à base de víveres açucarados e com alta concentração de hidratos de carbonos. Gelados, chocolates, chupas, pastilhas, cubos de açúcar, pizzas, hambúrgueres, batatas fritas com excesso de sal, etc, sendo que estas últimas seriam só para eliminar os mais fracos, ou seja, aqueles que não aguentam com AVC’s e ACV’s. Não queremos cá meninos, isto é para gente graúda! Seria um concurso extremamente atraente, isto porque teríamos pelo menos dez imbecis a comer açúcar e sal como se houvesse amanha, e para alguns não haveria mesmo! As descargas de hiperactividade que teriam, seriam simplesmente puro entretenimento para a populaça portuguesa. UPÁ UPÁ!! - (voces não me estão a ver, mas neste momento estou a bater com as mãos e os pés ao mesmo tempo devido à excitação da minha seguinte ideia). E se isto tudo fosse televiosionado? Han? Ideia brilhante? És um génio João? É isso que estão a pensar? Já parava de fazer perguntas ás quais nunca irei obter uma resposta, visto que estou a escrever no computador e não a falar com alguém directamente? OK then...
Utopia? Eu acredito que não. A partir do momento em que tivemos um programa apresentado pelo João Kléber, sobre casos ficcionados de infidelidade, e este mesmo programa foi um êxito televisivo...bem...tudo é possível!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Não se aleijem...
Confesso que não vi o Sporting-Porto todo, mas do que vi pareceu-me um bom jogo de futebol, no entanto não posso deixar de apontar os 15 cartões amarelos e 3 vermelhos que foram mostrados por Bruno Paixão. De modos que andaram ali a brincar à Quinta da fonte. Eu como Benfiquista, acho que é um verdadeiro regalo para os olhos. O que foi realmente engraçado foi o facto de ambas as equipas se queixarem da arbitragem. Jesualdo Ferreira e Pálbento "estavam mesmo indignados" segundo consta. Mau...Tu queres ver que afinal de contas o Benfica é que foi favorecido neste Sporting-Porto?
"Esse é um tema que já mete nojo. A questão da arbitragem portuguesa..." segundo Palbento. Bem dito caro senhor do cabelo espectacular.
E depois vem o senhor Jesus Aldo ( leia-se Jesualdo ) afirmar:
"Tinha pedido um árbitro com coragem e não vi...Nem quero discutir as questões de competência".
Ora eu acho que não é das melhores ideias começar uma frase com "Eu tinha pedido um árbitro", ainda por cima do dirigente técnico do Porto, depois admiram-se quando há confusões e há tribunais aí metidos ao barulho. Além disso fico a pensar se quando ele fala das questões de competência, fala do árbitro, ou se fala antes das pessoas que deveriam ter arranjado um árbitro parcial e que favorecesse uma certa equipa azul.
Soares Franco reforçou ainda a ideia de que o Sporting foi o melhor em campo, e que se bateu que nem um verdadeiro leão, após isso deixou a sua modesta e misteriosa opinião:
- ...e depois acabámos por perder com muita paixão.
- Está a referir-se ao árbitro?
- Tou a dizer que perdemos com muita paixão...
- Mas em relação ao árbitro, o que é que lhe pareceu?
- É paixão.
- O sporting tem razões de queixa?
- É paixão.
Sim senhor. Um homem muito apaixonado.
Tu queres ver que até os carros eles querem?
Sabem o pilhão? Local onde supostamente deviam colocar as vossas pilhas velhas? Aquelas pilhas que ainda hoje estão no fundo das gavetas que nunca abrem, aquelas onde juntam a tralha toda que não faz falta nenhuma mas que recusam deitar fora?
Óptimo. Agora que falo nisso, estou a lembrar-me de um anúncio ao pilhão em que as pessoas afirmavam nunca ter visto um, ou nem sabiam o que eram.
- Olá, a senhora usa o pilhão? Perguntava o repórter de serviço.
- Pilhão? Não, o que é isso?
Era isto, mal e porcamente. Isto tudo numa farmácia, vá-se lá saber porquê.
Ainda hoje não percebi o propósito desse anúncio, porque pessoalmente vejo bastantes. E não requer uma busca por aí além...Ao lado dos ecopontos costuma estar sempre um pilhão. Mas enfim, não é disso que venho falar. Mais espectacular que o pilhão é mesmo o ponto electrão. Pois bem, este é o local onde devem colocar os vossos aparelhos electrónicos inutilizáveis, para posterior recolha e reciclagem. Velhas caixas de computador, teclados, misturadoras, esse tipo de coisas. Nota-se um alargamento do género de aparelhos que estão a começar a recolher, e está bem pensado, mas se isto evolui demasiado, receio ter uma cidade repleta de lixo electrónico. Primeiro as pilhas, depois os computadores. Imaginem que começam a recolher velhos automóveis. é uma carga de trabalhos. O “Sucatão” como lhe chamei desde já. Em vez de levar o velho carocha para a sucata, basta tirá-lo da garagem e enfiá-lo dentro do contentor do Sucatão, que está mesmo ao lado do pilhão. Ver se isto não se espalha, não dêm ideias ao Obama senão ele começa a fazer isso aqui em Portugal.
- Tão mas ele não tem influência aqui, ele é presidente dos E.U.A.
- Ah ok, como houve aí tanto alarido pensei...
sábado, 8 de novembro de 2008
Deus – Parte II
Bom… Diz que o gajo é omnipresente. Medo. Muito muito medo. É só a mim que isto me deixa com os olhos abertos a olhar para todo o lado? Provavelmente é. Até porque é difícil conter tanta estupidez num só ser.
Se há coisa que me deixa incomodado é ter alguém sempre a ver-me. Quer dizer… está uma pessoa na casa de banho e está lá deus a olhar? Então mas isto é assim? Vamos tomar banho e deus fica a olhar para o nosso pénis? Como quem.. então mas? Que credibilidade tem um senhor que fica a olhar para as nossas partes intimas uma vida inteira? Eu diria: nenhuma. Mas isto sou eu que sou picuinhas.
Quem é Deus para me espiar a fazer o acto do amor? Ou do sexo? (dependendo da ocasião) “Ah é o Todo Poderoso que criou o mundo” Então mas isso funciona assim? Eu crio uma sauna e posso ficar a espiar todas as pessoas que lá entram? É que isto a mim não me diz nada mas há muitas pessoas que neste preciso momento estão a encomendar a caldeira.
Alem do mais quem é que escolheu o gajo para todo poderoso? Tão e eu? Não sou filho de deus? Epah… esta expressão foi claramente ao lado. De toda a maneira essa é outra… Quantos testículos tem deus para dar vida a tanta gente? Isto é uma pergunta para a qual gostaria de ter resposta.
Assim é difícil ter fé…
A ficar com aspecto de blog...
Esperamos que gostem, e se não gostarem, olhem para as nossas caras de preocupados, aí em cima...
PS: Agora que vejo, o Ortiz até parece um pouco preocupado, como quem acabou de mandar uma bola à trave aos 90 minutos...
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Gajas – Parte 2
Hoje o tema é: Cenas esquisitas que custam uma data de euros para elas meterem na cara e ficarem pior do que se não metessem.
Quem… Mas quem… é que nunca viu uma miúda toda besuntada de cenas (eu disse que isto da para tudo) por toda a zona facial com o intuito de ficar espectacular… e a final estava era espectacularmente nojenta? Exacto. Todos.
Agora o que explica tal comportamento? Eu não consigo explicar. Posso é gozar com isso. E modéstia a parte sou bom nesse aspecto. Se os gajos não gostam… porque é que elas se metem com cenas dessas?
Uma das coisas mais usuais é unhas pintadas de cores berrantes. Cores flurescentes, verdes, azuis… vermelhos. Cores que picam os olhos vá… Castanhos escapam… preto faz lembrar galos degulados. Para mim e para a maioria dos gajos unhas ou transparentes ou com a ponta em branco coisa que chamam ao que parece manicure francesa ou lá o que é. Eu chamo unhas fixes em contraste com unhas que metem nojo. Unhas dos pés… epá… nem vou comentar. Dá um arzinho fora do normal.... e houve muita gente que me entendeu aqui neste ponto.
Sombras, lapiz dos olhos e cenas para os olhos\pestanas. Quando bem aplicado até fica engraçado. Deve ser das coisas que mais gosto de ver. Mas lá está… há sempre as cores berrantes… cores a combinar com a camisola… cores a combinar com a fisga… e geralmente um exagero fora do normal. O mais engraçado destes artefactos é que borram facilmente. O que lhes dá um ar mais cómico que o normal. Resultado: Provocam o sorriso dos rapazes mas não naquele sentido coiso… é mais sorriso do ridículo. Mas pronto no fundo até gosto, quando não exagerado.
Batons… Horrível. Quem inventou o baton devia ser cortado aos cubos. Alguém com os lábios vermelhos ou seja de que cor for. Fica horrível. E o pior nem é o que se vê… mas quem é o gajo que gosta de beijar uma gaja com baton? Aquele sabor mete nojo... e nojo não é algo lá muito agradável. Ora vais beijar uma miúda e sabe-te a nojo? Eu pessoalmente antes preferia que me soubesse a açorda de camarão da cantina. Não estou a brincar. Era certamente menos nojento.
Cenas pás bochechas. Epá brilhantes… sinceramente se uma miúda quer brilhar não é a meter brilhos na cara. Alias quando alguém faz por brilhar já é mau o suficiente. Qual é o objectivo desta pratica? Fazer parecer que se mandaram de boca à areia numa qualquer praia da Costa de Caparica? Sinceramente não é lá muito sexy imaginar alguém a mandar-se com fé ao chão. Mas isto sou eu que sou estranho. No que toca a bases e qualquer outra cena que se lembrem de besuntar. Epá.. eu gosto de bochechas, gosto de mexer na cara. Eu e grande parte dos gajos. Não percebo portanto a ideia de criar um lamaçal na face, lamaçal esse pegajoso e sempre com um sabor muito característico.
Juntando o conjunto é que dá um quadro muito bonito. Principalmente se o rascunho for feito a noite e o quadro pintado na manha seguinte. Acordar no outro dia com uma miúda que estava pintada na noite anterior pode ser algo traumatizante. Certamente já alguns de vocês mandaram um grande “Foda-se” vindo do estômago sendo que muitas vezes tenha ficado preso na garganta, estando então apenas a expressão facial de tal reacção.
Se alguma das meninas de manha viu uma cara estranha no vosso cônjuge (esta palavra aqui tem uma certa piada) das duas uma: ou ele estava muito bêbado na noite anterior e esta com cara de “Desculpe, foi engano” ou está com cara de quem acabou de acordar ao lado dum palhaço assassino.
Isto é um tema polémico. Os gostos dos gajos mudam obviamente mas em parte não varia muito disto. Elas alegam que se pintam para elas e para as amigas. Hmmmm… Tema para um futuro comentário. Que hoje já me dói a pestana centro direita.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Paizinho?? Es tu??
Escolhi este indivíduo porque simplesmente se apresenta de uma forma diferente de todos os outros. Este não é Professor, não é Astrólogo, não é Mágico, não é Feiticeiro, não é Médium nem Cartomante, é simplesmente......... PAI. Pai para mim sempre foi uma forma nominal representativa de uma figura paternal... pelos vistos estava errado!
O PAI Bras, para além de cuidar da sua descendência (já iremos ai), também trabalha com baralhos de cartas e com búzios. Ora eu, caindo novamente na minha ignorância, pensava que os búzios eram somente uma espécie de concha, e as cartas só serviam para jogar à batota. Afinal parece que também servem para resolver problemas a nível espiritual, amoroso e financeiro.
Agora o que eu gostava é que o PAI me explicasse como é que algo saído do Tejo me pode ajudar a ganhar o EuroMilhões ou a passar nos exames. É que eu lamento, mas simplesmente não percebo como é que algo que posso apanhar à mão no Meco, pode ajudar alguém a sair de uma depressão, a ajudar num casamento, ou até, sei lá...ganhar uma viagem até Kinshasa!
- Não percebes porque tu não tens os poderes místicos que eu possuo.
- Pois. Pois é. Poderes Místicos não é?
- Sim.
- Hmmmm. Fixe. Como é que os ganhaste? Raspadinha?
- Os poderes são transmitidos de geração em geração.
- Então o teu Pai também era vigar(cough)... também sabia ver o futuro numa lata de sardinhas?
- Isto não é objecto de gozo. E sim o PAI Bras também conseguia ver o futuro.
- O PAI Bras não és tu?
- Sim sou eu.
- Então tu és o teu pai?
- Não. E já estou a ver onde estás a querer chegar. Adoptei o mesmo nome.
- Ahh. E decidiste seguir o ramo da família. Estudar doía não?
- Pensas que isto é fácil? Eu tive que estudar muito, treinar muito. Não estou nisto porque quero, mas sim porque fui chamado.
- Hmmmm. Então mas isso não era passado de geração em geração?
- Sim, mas precisas de ter o chamamento.
- Chamado por quem já agora?
- Deus.
- Ok. Resposta credível... para quem é completamente idiota, e assim eu secundo a resposta. Como é que Deus comunicou contigo?
- Foi através de um aparelho de ginástica, o Ab-Gym.
- UAU! Simplesmente uau! É que...
- Eu sei é inacreditável.
- Não cá agora!
- Mas estava eu a fazer abdominais, quando Deus aparece-me à frente e disse-me: "Hey, hey buddy! A partir de hoje vais ler o futuro das pessoas e resolver os seus problemas, com estas pedras. Se alguém questionar o que fazes, contas esta história. Isso vai resolver todos os teus problemas de credibilidade. Se a história da árvore de fogo resultou com Moisés, esta há-de resultar contigo."
- Simplesmente incrivel...
- Sim eu sei.
- Sabes PAI, eu acredito tanto nisto como uma folha de papel consegue parar um tiro!
- ...
- Ou seja não acredito.
- ...
- Estás a ficar chateado não estás? Essa veia pulsar na testa é irritação ou esqueceste-te de ler o horóscopo hoje? Sabes que mais, vou embora antes que me partas a cabeça com esse búzio, mas antes de ir, liga lá a Bola de Cristal à tomada, e vê lá se amanha chove pacotes de Oreo's.
Que raio de PAI se entretêm a atirar búzios e a ler cartas, enquanto tem crianças para criar.
- Pai o que é o pequeno-almoço?
- Adivinha?
- Outra vez?
- Sim, e agora cala-te. Os búzios e o rei de ouros estão-me a dizer que se não te calas, estás a levar uma bofetada na testa.
- Mete os búzios no cu!
- O quê?
- Nada, nada...
Hey PAI! Pare de atirar areia aos olhos dos estúpidos (é preciso ser muito, mas mesmo muito, mas mesmo muito, muito retardado, para consultar um destes benditos homens), e vai fazer um ovo para o miúdo. Pode ser que ele cresça com força suficiente para sair desse tal chamamento. Em vez do futuro da criança ser passar 3/4 da vida a tirar areia das conchas, pode ser que o menino ainda consiga tirar um curso. Só naquela de ter uma profissão em que deduza os impostos.
Adoptando uma nova forma de interpretar este tema/nome
Porquê PAI? Porque não Pastor? Ou Salvador? Ou para dar credibilidade à personagem, visto que quanto mais alguém sofrer, mais credível é como figura de adivinhações, Pastor Cego e Corcunda, cuja prótese na perna está com ferrugem, e como tem as vacinas em atraso tem agora tétano. Eu ia consultar esse gajo. Pelas alucinações que o tipo teria, já valia o dinheiro e tempo empregue em ver alguém a ter uma convulsão.
Mas isso sou eu, que aparentemente não tenho nada para fazer...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Mete-me isso no lixo, pá
É nas limpezas de verão que se acham as coisas mais fascinantes. Encontram-se coisas que não víamos há anos. Como aquela pequena moldura de papel que fizemos no 3ºano, e que a nossa mãe dizia sempre que estava muito bonita. Mas nunca meteu lá nenhuma foto. E hoje percebo, a moldura não é bonita. É repugnante. Está extremamente mal feita, com uma combinação de cores que não lembram ao diabo, juntar castanho com verde fluorescente, e num toque de genialidade, acrescentamos uma estrelas laranja, numa tentativa nobre de melhorar o aspecto daquela monstruosidade. Se formos pensar bem no assunto, diziam-nos sempre que estava tudo muito bonito. Os desenhos, as molduras, os cartões de Natal, tudo muito giro. Mas vou vos dizer um segredo, encostem o ouvido ao ecran, que eu vou dizer baixinho – é mentira. Aquilo é tudo muito feio e está muito mal feito. Quando uma criança mostra ao pai um desenho que esta fez, a cara do progenitor assemelha-se à expressão que um homem faz ao provar um prato específico que foi feito pela esposa. Prato esse que está horrível, sabe inclusive a fezes de gaivota ( não nunca provei ), mas o senhor tenta fazer uma cara agradável e disfarçar então o verdadeiro sentimento. Essa é a cara que o pai faz para o filho que lhe acaba de mostrar o desenho de uma casinha, um carro e uma árvore. No entanto o pai viu naquele desenho o que achava ser os destroços de uma derrocada de terras, uma baleia anoréxica e um brócolo gigante.
Mas a moldurazinha e o desenhozinho não se mete no lixo, não não. É uma recordação. Mas uma recordação do que? De que eu, quando era mais novo, era provavelmente o pior artista da minha turma? Senão mesmo do Universo. Não sei se quero isso.
Mas as pessoas recusam-se a mandar as coisas para o lixo. Nas gavetas encontram-se fios, pilhas velhas, brinquedos partidos, baralhos de cartas, papéis rasgados, CD´s partidos, fotos de bebés nus ( não se assustem, isto não é nenhuma casa onde reina a pedofilia, são fotos nossas, ou dos nossos primos, enquanto bebés, e por acaso estávamos nus ), também nunca percebi o porquê de tirarem fotos aos bebés quando estes estão nus. Deve ser para dizer uns aninhos depois “olha, tinhas uma pilinha tão pequenina, que fofo”. Não, não é fofo. É embaraçoso. Cala-te. Depois não só dizem esse tipo de coisas, como o fazem na presença do maior número de gente possível. Como nos grandes jantares de família, em que figuram pessoas que nunca vimos na vida. É nesses momentos, que as fotos mais embaraçosas saem da gaveta em que ninguém tocava aos anos! Portanto parem se faz favor.
Mas as pessoas recusam-se a deitar para o lixo, essas pequenas coisas. Não digo as fotos, porque podem sempre colocá-las num albúm, ou seja, onde deveriam estar. Mas para que querem esses fios todos, os CD´s velhos, o Action Man que se encontra maneta e decapitado? Às vezes pergunto-me se será para juntar essa tralha toda e fazer um Transformer gigante com essas peças todas. O mais espectacular de todos os tempos. O mais assustador.
Depois quando os nossos primos pequenos forem lá a casa, sempre temos estas pequenas preciosidades para lhes mostrar.
- Esse boneco mete-me medo! – respondem assustados.
- Pois...sabes do que é feito?
- Nao, de que?
- Olha são as minhas recordações! Tralha que a tua tia não quer meter no lixo. Deixa lá, um dia também vais ter um boneco como este, os sapatos que tens agora calçados vão ser provavelmente a cabeça do teu transformer!