sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Zapping com 5 canais. Mas parem no 5 que é o mais espectacular.

Para quem estava farto de ter apenas 4 canais televisivos portugueses, deixo aqui uma feliz, uma má e uma péssima notícia. A boa notícia refere-se ao facto de ter sido oficialmente aberto um concurso público para o licenciamento do quinto canal português nacional e generalista, pelo que no próximo ano será possível assistirem a mais um canal de televisão totalmente em português. A má notícia é que eu vou concorrer com o meu projecto de canal televisivo. A péssima notícia é que muito provavelmente vou ganhar.

Decerto que estão admirados com a minha impressionante confiança na vitória. A verdade reside no facto de eu estar na posse da fórmula mágica para o sucesso em televisão ( portuguesa obviamente ). Antes de mais, vou apelidar o canal de “Gelado Roxo” em honra à minha mais recente criação, que gosto muito. Vou deixar a papelada e as burocracias para o meu agente – tal como o Cristiano Ronaldo, e vou tratar directamente da programação.

A partir das 6h da manhã vou introduzir uma panóplia de desenhos animados para as crianças que acordam religiosamente a essa hora para beber o leite com chocolate e comer a sua bolachinha enquanto desfrutam de filmes de animação com muito sangue e decapitações. Portanto das 6h às 10h da manhã, só desenhos de bonecos a cortarem as cabeças uns aos outros com katanas e moto-serras. Já agora com algum sexo à mistura, para que o conceito de sado-masoquismo seja introduzido o mais cedo possível. Para acalmar um bocado a violência envolvente vou introduzir uns desenhos animados mais suaves, sem qualquer tipo de violência. De referir apenas que as personagens são todas homossexuais.
A partir das 10h da manhã – uma imitação barata da Fátima, a que vou apelidar de Custódia. Um pouco mais atraente que a Fátima, mas um pouco mais burra, para não afastar público. Vão-se debater vários temas de elevada relevância para o país, tais como as histórias das pessoas idosas. Como aquela vez em que o senhor Júlio se esqueceu de vestir as calças e a roupa interior, e foi para a rua mostrar o quão abastado era ( ou não era ). Ou então aquela vez em que o senhor Valadas quase engravidou uma moça angolana que depois se veio a saber que se chamava Alberto, quando esteve lá no tempo da guerra a cumprir serviço militar.
À uma da tarde, o jornal...da uma. Pensei no nome “jornal da uma” para bater certo com o horário. Vamos passar histórias que a equipa jornalística, com a imaginação a funcionar a todo o vapor, vai inventar. Histórias fantásticas que captem o público. Notícias negativas obviamente. Depois lá para o final passaremos uma ou outra notícia que realmente aconteceu, se bem que com um toque de criatividade, para chocar melhor.

Depois do jornal, voltaremos com um programa totalmente inovador, como que a Custódia da Tarde. Achei que este era tão parecido ao da manhã que de facto foi precisamente o nome que lhe ofereci – Custódia da Tarde – onde se vão debater temas um pouco menos importantes que os primeiros, para não maçar muito a cabecinha. Chamarei também alguns videntes e ilusionistas para dar espectáculo. Os videntes vão prever o futuro, e mesmo algumas coisas do passado. Os ilusionistas irão fazer ilusões. Sim eu sei que é pedir muito. Mas vou pagar bem.
A partir das 17h da tarde, vamos continuar com a ficção, mas um pouco mais creativa. Vou tentar encaixar cerca de 32 telenovelas, que vão desde brasileiras, a mexicanas, venezuelanas e vou tentar introduzir algumas indianas, a ver se o povo gosta ( se as dobragens forem feitas como as mexicanas é sucesso garantido ). Como se sabe, o sucesso está na ficção nacional e não nesse material importado, portanto vou fazer a minha prórpia versão da imitação da por sua vez, imitação dos Morangos com Açúcar. Decidi dar-lhe o nome de Cerejas com Mostarda, é mais forte e sabe melhor - experimentem. Penteados mais mirabolantes, mais coloridos. Jovens mais rebeldes, que se recusam inclusivamente a fazer a cama. Abortos mais cedo. Mais drama. Mais adultério. Mais tudo. De extremos mesmo, que é para coiso.

No meio dos programas todos, terão de existir, obviamente intervalos, para não haver saturação mental do telespectador. Já agora aproveito e ganho uns trocos com os anúncios, mas nada de extravagante, que é para não dar nas vistas. O canal 4 tem anúncios de 15min, eu vou mais longe e vou fazer intervalos de 45min. Para ir beber o cafézinho, fazer o xixi, o cócó, quiçá sobre tempo para fazer um filho. Ou dois, com sorte. Os intervalos vão ter por sua vez, intervalos. Portanto, é um intervalo do intervalo, tendo em vista a longa duração deste. Anúncios no meio de anúncios. Promete. Não percam.
Depois das Cerejas com Mostarda, o Jornal das Oito, que agora sim, para enganar, começa às nove. Só para aqueles maganos que pensavam que ia coincidir com o horário.
O jornal vai conter o mesmo tipo de notícias que o da uma, mas um pouco mais trágicas. E vou contratar um comentador com uma voz muito grave, que assuste. Uma voz que dê a sensação de que o senhor percebe do que fala, visto que este vai ser perito em tudo.
Para horário nobre vou afixar um programa chamado “O preço certo da gasolina em euros”, que ultimamente se tem revelado um verdadeiro quebra-cabeças. De seguida voltam as telenovelas, desta vez, portuguesa, mas mais séria. Com actores conhecidos para chamar o público. No entanto o protagonismo vai estar concentrado nos jovens que anteriormente eram protagonistas nas Cerejas com Mostarda. Aqui já não andam no 12º ano aos 27 anos, embora ainda residam na casa dos pais e dependam destes. Novela que se vai prolongar até as 3h da manhã e cujos episódios vão acabar com uma cena de alto suspense, que meta pistolas, facas e indivíduos cuja face só será revelada no “não perca o próximo episódio que nós também não”.
Das 3h da manhã às 6h – um programa altamente construtivo, para quem está acordado a essas horas porque não tem mais nada que fazer. Portanto, para os meninos que às 4h da manhã estão a fazer gelatina de favas porque estão com fome, temos uma senhora com um corpo altamente desenvolvido. Sobretudo a parte dos seios e das nádegas, que é o que se quer. Se possível com estas duas partes à mostra, senão o esforço é em vão. A senhora irá apresentar um programa que consiste numa espécie de quebra-cabeças em que temos de completar palavras do género “ T E L E V I _ Ã O” , em que neste caso o elemento que falta é claramente um 9.

Assim sucessivamente, recomeça um novo dia construtivo e informativo. E espectacular.
Portanto amigos, começem a esquecer que me conhecem, que já sinto a fama a vir, e a subir-me à cabeça e depois vou esquecer-me de todos vocês. E aí sim, vou conquistar o Mundo. E o universo. Quando este tiver televisões por aí espalhadas.

Transportes Públicos – Parte III ( e já chega de parvoíce )




Não sei se já tinha referido o facto de não gostar de transportes públicos. Se não tinha referido vou deixar isso bem claro: Não gosto de transportes públicos.
São sítios estranhos, com pessoas estranhas, e tem um cheiro estranho.

No outro dia entrei no autocarro, e este estava praticamente vazio. Sentei-me lá atrás para não me chatearem. Mas quem é que te chateia no autocarro? Boa pergunta. De facto, ninguém me vem chatear quando não me conhecem. Mas pelo sim pelo não vou lá para atrás, para o pé das girafas e dos macacos – que são pessoas que nunca fizeram mal a ninguém.
Sento-me, e nas costas do banco da frente estão vários nomes e hieróglifos cravados a tinta negra.

“Zé Navalhas Naifas Manfas”

Era uma das inscrições. Chamam-lhes “tag”, eu chamo ser parvo, mais uma vez. Foi uma das coisas que sempre me fez confusão – o facto de escreverem os nomes ou então as alcunhas em sítios públicos. Neste caso o nome.
Pura e simplesmente não sei qual é o objectivo. Será que saiu alguma lei que afirma que ao escrever o nome num objecto este passa a pertencer-nos? Não ouvi nas notícias pelo menos. Nem nos morangos, onde existem inúmeros adeptos desta prática.

“Amo-te Vánessa Júlia”

É outra das inscrições com que me deparo. O senhor que escreveu isto tem claramente reduzidos níveis de conhecimento quer a nível de língua portuguesa, quer a nível de probabilidades. O facto de chamar “Vánessa” não significa que se escreva com acento.
A questão das probabilidade é muito simples. Eu vou ser muito, muito modesto e vou imaginar que existem apenas 200 autocarros na rede de transportes. Admitindo que cada um tem 40 lugares, isso prefaz um total de 8000 assentos. Será que ele sabe que a probabilidade da Vánessa Júlia se sentar naquele preciso banco onde ele está é de aproximadamente 0.000125 ? O professor Mantumba diz que ele não sabe disso. Eu acredito.
Não será mais fácil ele deslocar-se à localidade onde a senhora reside e dizer-lhe directamente isso? Compreendo que tenha vergonha ou timidez nessa acção. A vergonha que tem nesse caso é a que lhe falta quando escreve nos autocarros. Como a probabilidade de ela ver a mensagem de amor é bastante reduzida o que é que o sujeito decide fazer? Escrever em todos os bancos de todos os autocarros.
Bem pensado, aumenta bastante a probabilidade.

Os indivíduos de 14 anos de que falei há dias entram na viatura e sentam-se exactamente à minha frente. Má escolha.
Sentam-se e começam a mexer nos 3 telemóveis que cada um possui, a enviar mensagens para as 7 namoradas, que igualmente, cada um possui. Note-se que possam haver aí duas ou três namoradas em comum.
- Pah..a sério já me tou a passar com a p*** da minha mãe, não me deixa fazer a m**** do piercing no nariz.
- Aich granda cena man, pah tipo...digo-te tipo nao sei meu, mas pah ve la essa cena...tipo...
- Ya eu sei. Foi o que eu lhe disse mas ela insiste que isso são cenas de deliquentes...
- Pah tipo...ja sei...so se fizesses isso às escondidas e mantivesses isso escondido da gaja uma beca...
- Pah ya mas é no nariz...não dá muita cana?
- Pah tipo cenas, tipo ya mas não. Pah ja sei...podias tipo apagar as luzes de casa enquanto tas lá e ela assim não te vê...
- Aich man, ouve...bue bem pensado. Granda marrão..
- Pah...nao sou nada...
- Nah que eu nao vi o 11 matemática no outro dia nao...
- Pah isso foi porque meti as cabulas todas nos meus telemoveis...
- Aich fogo bue bem pensado...mas voltando ao assunto que interessa, ela depois ao fim de uma beca nao vai notar? É que a gaja vai achar bue estranho tudo às escuras...
- Pah ya mas sempre podes aguentar uns meses assim...e quando ela descobrir..pah...nada a fazer...ela também nao to vai arrancar acho eu...
- Pah nao sei, com a minha irmã foi granda cena...quando ela fez o dela no umbigo o meu pai arrancou-lhe aquela m****....e depois disseram-lhe que aquilo podia fazer mal ao bébé...foi granda cena
- Tao mas que idade tem a tua irmã?
- Pah fez a semana passada 16...
- Ah ja teve o puto...pensei que ja o tivesse tido aos 14, ela andava ai toda inchada...
- Nah dessa vez abortou...
- Ah tasse bem...

Depois disto, as minhas pernas cambalearam um pouco, em busca do meu cérebro que deveria estar algures espalhado nos vidros da viatura.
Saio do autocarro e avisto um belo automóvel. Preto. Brilhante. Uma autêntica obra de arte da mecânica e do design automóvel. Aproximo-me, cauteloso, para observar melhor a relíquia e encosto as mãos ao vidro, e de seguida o rosto, na tentativa de ver melhor o interior da máquina. Como toda a gente gosta de fazer. E depois olha-se para o velocímetro, para ver quanto é que o animal bate. Batia os 470, ou pelo menos é o que indicava.
Nisto lembro-me das assinaturas nos assentos de autocarros. Então, numa nobre tentativa de furto, saco das minha chaves de casa e num subtil movimento desenho as palavras “Fábio” na porta do carro. Escrevo com força, que é para não haver dúvidas. Quando finalizo, reparo que o meu nome ficava muito bem na viatura e não percebo porque é que não se fazem carros com o meu nome inscrito. Então numa tentativa desesperada, tento abrir a porta do automóvel, para ver se era de facto meu, como mandava a lei. Mas um forte puxão sem sucesso indica-me que este se encontrava fechado.
- Bah...já sabia que devia ser mentira – pensava eu desiludido.
Neste preciso instante sinto como que uma pedrinha na cabeça. Como se alguém me tivesse lançado um minúsculo e, incrivelmente, leve calhau à testa. Afinal era uma estrelita. Apenas um bago feito de cereais. Viro-me para ver quem teria sido o autor de tamanha estupidez, e para meu espanto, surgia perante os meus olhos, o meu amigo Chewbacca, que no outro dia me acompanhou no autocarro. Este aproxima-se da viatura, pousa a taça de cereais ,que ainda comia, em cima do tejadilho e passa os dedos peludos sobre a assinatura que eu gentilmente lhe tinha oferecido. Depois olha de forma triste, como quem diz “isto não se faz”. Ainda tinha pingas de leite a caírem-lhe dos bigodes. O meu primeiro pensamento remetia para um pedido de desculpas. Pensamento que foi rapidamente esquecido quando o senhor saca de um sabre do luz e o empunha à frente dos meus olhos para mostrar quem é que mandava ali. E era ele, de facto.
Começo a fugir rua abaixo, não vá o senhor matar-me. Ele começa a correr que nem um desalmado e é então que surgem os putos dos telemóveis, que rapidamente empunham todos os aparelhos electrónicos que possuíam e fizeram uma mega bola de radiação que apontaram na direcção do Chewie. Rapidamente lhe cresceram pernas no lugar dos olhos, e desta forma era complicado prosseguir a sua perseguição. A tentativa de vingança morria ali, naquele momento. Eu respirava de alívio. Não me agradava muito a ideia de ir falar com indivíduos que chamam "gaja" à mãe, mas tinha de dizer qualquer coisa. E como não sabia o que fazer, decido como gesto agradecimento oferecer um telemóvel a cada um dos diabretes.

Halloween

Hoje é dia 31 dia de halloween. Festejado especialmente nos estados unidos mas aos poucos há quem queira (à força) trazer esse costume para outras paragens, nomeadamente para esta aldeia chamada Portugal. Para mim é um dia igual aos outros. Primeiro porque é um costume parvo. Quem é que se mete a festejar o dia em que o mundo dos mortos e o mundos dos vivos se mistura?…assim como quem não quer a coisa… quem é que acredita nessa merda? “ah mas aquilo é algo para fazer palhaçadas, divertires-te, pedir doces…” hmmm e é aqui nesta ultima que eu vou agarrar. Pedir doces? Aí está o motivo pelo qual os putos americanos vão em primeiro no campeonato da obesidade. Desde pequenos que são ensinados que no dia 31 não só enfardam o que quiserem como ainda é de graça. Isto é o menos cada qual com aquilo que quiser…


Agora o processo de pedir doces é que me deixa algo intrigado… Quem é que vai a casa das pessoas e diz: “Ou deixas-me mamar açúcar ou tas fodido também conhecido como Doçura ou travessura?”…? Foda-se. Tão batem-me a porta de casa, ameaçam-me que me fodem a casa toda ou o carro ou brincam ao papel higiénico (ainda não consegui perceber a ramboia do papel higiénico).


Então mas o que é isto? Obviamente que um gajo dá-lhes os doces e é tudo muito bonito e ninguém leva a mal se no outro dia tiver os 4pneus em baixo. Pois bem eu levava a mal. Contudo a minha resposta a questão mais colocada no dia de hoje nos estados unidos: “deixas-me mamar açúcar ou tas fodido?” Eu dava lhe os docinhos…

“Toma-la pá… um docinho para o menino… muito bem não me faças cenas…”

Agora prepara-te é para passar a noite a dormir na sanita. Então mas ninguém se lembra de injectar laxante nos rebuçados? É que era certinho…

“Tão não querias rebuçados? ohhh afinal quem se fodeu foste tu. Agora passas a noite com a nalga na porcelana a cagar o intestino meu bandido.”


“Ah és mesmo mau e desmancha-prazeres, fazias aquilo as crianças…” Não não. Sou é muito bonzinho. Depois de comerem tantos doces faz bem limpar o organismo…

Só espero é que não usem todo o papel higiénico para pendurar nas árvores. Não vá alguém lembrar-se disto…

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Premio pessoa espectacular

Soube agora que Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, recebeu um prémio por um feito espectacular. E que feito foi esse??? Perguntam vocês como quem quer uma resposta. Ora bem… Então não é, que a dita senhora um dia pariu um filho que mais tarde vem se a saber que é o Cristiano Ronaldo? Feito fantástico. Eu não percebo é o porque de não estar uma quantia de 300 ziliões de biliões de euros associados ao premio. Então um feito destes e depois fazem lhe uma desfeita destas?


A minha mãe está em lágrimas: “Só eu é que não ganho nada por ter parido uma coisa como tu.”


Pois… não me deixou andar todo roto na rua a brincar com uma bola. Eu bem a avisei…

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Divagação gelado roxo

"é desta que eu só me caso pagando a uma tailandesa"
"e já tas a sonhar..."
"yah... depois vai-se a ver é um homem"

Toque feminino - Parte1 de 137.

“Olha não tem imaginação vai pegar num tema que só por si é uma piada”. E não é que acertaram? Escusam as meninas de ficarem já com olhar à UHF (para quem não percebeu… “Matas-me com o teu olhar”)


Reclamações aceitam-se na secretaria . E mails/números depois de triagem também para possível discussão sobre o assunto ou algo mais. Digo isto confiante de não receber nenhuma reclamação. Essencialmente porque os frequentadores deste blogue são masculinos. (sim estou a picar)


Ora bem, vamos falar duma coisa que constatei já à muito mas que a ciência (que eu saiba) ainda não arranjou explicação.


Está tudo bem. Tudo no mais espectacularmente espectacular possível. Mas nisto… A menina pensa: “então mas isto está tudo bem? Tenho um namorado que é um espectáculo? Tenho uma vida fantástica? “Ah… já sei… vou armar a puta!”

Porquê??? Mas porquê???

Qual é a necessidade de quando está tudo bem armar a puta? Hmmm? Tão mas diz-me lá…explicação? Não há. “ahh isto estava muito parado… tem de se quebrar a monotonia.” Não não. Estava era tudo espectacular… não era monótono. Era bom. Bommmmmmm. Olha escuta… Bom. Não a sério. Tava.. como é que eu vou dizer… ora bem.. hmmm.. estava tudo va… epa… porra… tá me a faltar a palavra pa… ah já sei… BOM.


Depois o mais engraçado é a forma como elas quebram a monotonia. E como é isso? Implicando com tudo. E não é só o facto de implicar. Quando esse acto tão nobre de quebra de monotonia se dá, qualquer pormenor faz o mundo acabar. Somos imediatamente assassinados.

“Então mas tas parvo??? Hoje vens com uma t-shirt azul???”

“sim… qual é o problema? Não tou a perceber…”

“Pois, o problema é esse nunca percebes nada… Onde é que já se viu andar com uma t-shirt azul a uma terça-feira”


Realmente. Nesta tenho de concordar. Terça-feira é claramente o dia da cor púrpura.


“Então mas tas parva? Tão mas agora não posso vir com a cor que quero?”

“Pois já sei que não sou importante para a tua vida e que não tenho opinião nos teus assuntos…”


E basicamente é isto. Arranjam alguma coisinha para chegar as questões essenciais:

nós não lhes concedemos a atenção que elas querem, mesmo que a única altura do dia em que não estamos realmente com elas seja quando estamos a dormir.

“pois tas sempre a dormir.”

“eu tenho dormido 5/6horas por dia…”

“pois depois quando tas comigo não me das atenção”

“estou simplesmente cansado…”

“pois eu canso-te”


Nós não as deixamos opinar sobre os nossos assuntos.

“vou estudar amanha para o teste de introdução ao culto da borboleta”

“pois eu acho que devias começar já hoje..”

“pa estudo amanha que hoje não me da jeito…”

“pois… faz como quiseres. Já sei que não tenho opinião”


No fundo, não partilhamos a nossa vida com elas.

“era uma bola de Berlim”

“pois.. porque comes sempre uma bola de Berlim e sabes perfeitamente que eu prefiro um pastel de nata”

“mas o bolo é para mim…”

“pois não partilhas as coisas da tua vida comigo.”


É interessante a procura do problema. É mais interessante ainda grande parte do que escrevi não ter sido inventado. E salvo exageros óbvios vocês (os gajos) também encontram claramente o padrão.


Já tão as meninas “ah e tal isso é mentira NUNCA fiz isso.” Se não fizeram… vão fazer. Está no vosso código genético. Podem adoptar outro tipo de padrão mas o essencial está lá. Com isto quer dizer que no fundo podem mesmo gostar de bolas de Berlim, mas se tiver creme… então… o mundo acaba.


Nós… bem nós no fundo aguentamos. Até que lhes passe a fase. Por isso meninas, é que desenvolvemos tão bem aquela perícia de não ouvir. As vezes dá um jeito…


É ainda mais interessante ter quebrado qualquer perspectiva de vir a desenvolver uma relação com alguma menina que leia isto.


“vais mesmo escrever 137post com este tema?”

Eu pensava que conseguia… mas já vi que acabou-se a componente prática da pesquisa.

Transportes Públicos – Parte II



Sabem a bolinha vermelha no canto dos filmes que evocam erotismo ou sexualidade? Pois bem, acabo de inventar o gelado roxo para a estupidez. Todo o texto que apresentar elevados níveis de estupidez e cuja leitura possa provocar danos sérios no QI do leitor, vai ser identificado com o gelado roxo. Só para ficarem avisados e depois não virem depois dizer “ ah dói-me a cabeça e agora como a sopa pela testa por causa do que disseste”.


Já tinha referido que os transportes públicos metem nojo? Ainda bem.

A verdade é que acontecem coisas muito estranhas no interior dos autocarros. Algumas têm bastante piada, outras nem por isso. Já reparam que um autocarro é uma autêntica Torre de Babel? Provavelmente não, porque ninguém pensa nisto. No entanto, um autocarro é um espaço onde os elementos da humanidade colidem. Onde o branco, o preto, o vermelho, o amarelo e todas as outras se encontram para dar origem a uma cor nojenta. Lendo bem o que acabo de escrever, isto parece um comentário racista, levando a pensar que cada cor deve permanecer no seu canto, sem nunca haver misturas, não foi a minha intenção, mas por ironia ou por simples acaso, a verdade é que se juntarmos as cores, obtemos uma mistela de aguarelas que não se parece com nada, e a humanidade há anos que comprova isto. E há-de comprovar, infelizmente, por muito mais tempo. Tentem fazer isso com as aguarelas em casa, juntem-nas e depois vejam no que dá. E depois comam a mistela.

Nah...não comam. É melhor não.

Voltando ao tópico. Por vezes estou a entrar no autocarro e simplesmente não há lugares, pelo que as perninhas aqui do trinca-espinhas vão ter de aguentar em pé e por vezes quando a viagem excede o quarto de hora, estas cedem e fico ali no chão a espernear. É desagradável.

Outras vezes, há dois lugares livres. O que parece à partida óptimo, torna-se constrangedor. Imaginem que os únicos dois lugares livres são exactamente iguais. Ambos com a mesma quantidade de pastilha de menta colada às costas. Ambos com a mesma quantidade de pó acumulada no tecido. Ambos com a mesma quantidade de graffitis gloriosamente impressos nas costas. Ambos equivalentemente repulsivos. Só que ao lado de um deles, está um senhor branco. Ao lado do outro, descansa um senhor negro. Qual escolho?

Podia simplesmente escolher um ao acaso e borrifar-me completamente para as questões sociais, quero é sentar-me, seja onde for, e é o que costumo fazer quando não escolho ir pendurado às barras fixas no tecto da viatura ( Louco! Gritam as pessoas....) Mas hoje decido ir sentado como uma pessoa normal. Se me sento ao lado do branco, sou racista ou então gosto de leite. Se me sento ao lado do negro, sou racista inverso (sim eu já explico) ou gosto de chocolate. Uma dicotomia um pouco estranha. E então sou atacado pelas pessoas que gostam de leite e/ou pelas defensoras do chocolate. Sim eles andam aí vestidos de pacotes mimosa, leite meio-gordo.

Racista inverso parece muito estúpido. Dá uma sensação de homossexualidade. O que é bastante gay, parecendo que não.O que eu chamo de racismo inverso é basicamente preferir dar uma atenção especial às pessoas de cor, para mostrar que não se é racista e que estamos solidários. Muita gente faz isso, e é absurdo. Como se o facto de escolher sentar-se ao pé da pessoa de cor compensa os 400 anos de discriminação que sofreram em tempos ( e que se diz continuarem a sofrer, mas isso é outra história, e não me apetece falar disso porque comi dois amendoins à bocado e estou cheio ).

- Sentei-me aqui porque nao quero que pense que sou racista.

- Sim porque o facto de te sentares aqui já me fez ganhar o dia...Idiota. Senta-te mas é ali atrás que cheiras mal.

Se for preciso acontece isto.


À bocado disse que o autocarro era uma torre de Babel. Para aqueles que foram ao Google pesquisar se esse era o outro nome da Torre de Piza, e pesquisar imagens de autocarros e colocá-las ao lado da Torre de Babel, lamento informar mas a semelhança não é física e eu falava metaforicamente.

Quando se entra no autocarro vê-se de tudo. Há sempre o eterno grupo de velhinhas que discutem sabe-se lá o quê, quase que nem as percebo. Há sempre um grupo de putos com 14 anos que saíram da escola e cada um ostenta 3 telemóveis, cada um de sua marca, de sua cor. Não vá o diabo tecê-las e se eles começam a avariar depois é uma carga de trabalhos, de modos que pelo sim pelo não, compram-se três aparelhos. De modo que se cria um ambiente de radiação extremo naquele autocarro. É pessoas a entrar com duas pernas e dois braços, como deve ser, e a sairem com uma perna e dezassete braços. Há sempre um grupo de amigos negros que vestem a camisola de Tupac, 50 cent ( duas figuras que além da cor da pele têm pouco ou nada em comum, e um deles deve ter quatro vezes o QI do outro, ou melhor, tinha, agora tentem adivinhar qual. Isso ). Vestem roupas com sete números acima do seu, de modos que bem apertadinhos e com jeitinho cabiam lá mais 2 indivíduos nas calças. Têm ainda ao pescoço fios que devem pesar o mesmo que eu. Portanto é como se andassem comigo ao pescoço. É uma imagem engraçada. No entanto desconfortável. Só que em vez da minha cara, tem um cifrão - coisa que ainda hoje não entendo, porque nós usamos o euro. Além disso é pouco original, porque toda a gente gosta de dinheiro, escusas de andar com cenas. E para que não gosta de dinheiro, fica aqui o meu número. Aqui onde? Ali. Depois já digo.Logo combinamos qualquer coisa e dão-me o vosso dinheiro todo ok? Ok.

Há sempre uma rapariga com uns seios que me fazem lembrar não melões, não melancias, mas o Mundo.Depois andam sempre com 80% dos seios de fora, que é para o caso da população mundial ser toda míope. Ora eu acho que a população masculina heterrossexual do país agradece. Fica aqui um obrigado desde já, que eu falo por toda a gente. Tem uma t-shirt tigresa e um cinto tigresa. Afinal não é um cinto. É uma saia. Erro comum, peço desculpa de qualquer forma.

Lá atrás há sempre 4 ou 5 indivíduos que claramente gostariam de ter nascido negros. Mas pronto, a genética é lixada. Encapuzados, entretêm-se a imitar o som que na realidade seria oriundo de uma orquestra de baterias, tambores e latas de atum. Chamam-lhes beats. Eu chamo ser parvo.

É possível ainda observar um intelectual, de óculos e o rosto a afundar-se nos pêlos faciais, a ler um livro com um nome estranho começado em “ A “ e acabado em “ Bola”. Depois há sempre um ou dois indianos, uma pessoa de fato e gravata, uma criança de metro e vinte com uma mochila de metro e meio às costas. Uma girafa e dois macacos.

Nah esta última parte não se vê muito. Pelo menos nunca vi nenhuma criança com uma mochila tão grande.

Nem girafas nem macacos, agora que penso no assunto.

Então mas afinal em que banco te sentaste perguntam vocês. Afinal avistei um lugarzinho lá ao fundo. Depois é que percebi porque é que estava livre. Ao lado figurava um senhor com o fato do Chewbacca e comia Estrelitas numa taça de cereais da Rebelde Way. O leite e as estrelitas caíam desamparadas no peito e na pelugem do bicho, visto que este não tinha nenhum orifício para a boca. Achei um pouco estranho mas segui a minha vidinha. Ao fim de uns momentos olho para o lado e vejo que o Chewie olhava para mim fixamente, ainda com pingas de leite e cairem-lhe do bigode. Estava numa posição em que parecia que inicialmente ia arriscar mais uma colherada mas se tinha arrependido porque eu estava ali, e estava à espera de uma explicação. E eu não sabia dar-lhe a explicação. Não tenho nada contra o Star Wars, até é um filme muito bonito. Com raios laser e coisas. Portanto sentei-me. E ele continuava a olhar. Depois é que consigo avistar que o senhor trazia uma espingarda de canos cerrados entre as pernas, apoiada no chão. Mas como ele estava a comer a taça de cereias e não tinha onde pousá-la não me preocupei muito, porque não tinha como pegar na espingarda caso quisesse fazer-me mal ( Estou a tentar lembrar-me de uma forma de fazer bem com uma espingarda e não me ocorre nenhuma além escavar um buraco para plantar uma árvore ). Então continuei sem me preocupar. Continuei a fazer o quê? Nada. Passados largos minutos olho para o lado e o senhor ainda olhava para mim com grande indignação, como quem diz “ Tao mas....sais daqui?”

Fiquei com medo e saí. Olho para trás e ele manda um olhar que me dizia “Acho bem”.

Da próxima vez sento-me ao lado de um dos senhores e não me meto nestas alhadas.

PS: Eu avisei. O gelado roxo é lixado.


domingo, 26 de outubro de 2008

Tratado sobre Toalhas de Mesa

Primeiro de tudo, o que raios é um tratado?!?!? Não sei... quer dizer faço uma ideia mas exactamente não sei, mas é claro que se fosse ao Um contra Todos e aparecesse esta pergunta, com as três hipóteses de resposta o mais provável é que eu acertasse! Mas em todo o caso é só 5 minutos que vou ali ao Google, mais precisamente ao Wikipedia, pesquisar e já volto para escrever um bocadinho! Ah e tal vai ao dicionário, oh porco! Não! Para isso tinha de me levantar! Vou ao Wiki e já volto!

Tratado é um estudo formal e sistemático sobre determinado assunto (ciência, arte etc), mais extenso que um ensaio, e que é normalmente publicado em formato de livro. Famosos tratados foram escritos por filósofos, cientistas, teólogos, místicos, dentre outros.

Ora aqui temos a definição de tratado! Desta definição gosto especialmente da parte em que diz “foram escritos… dentre outros”, o que me dá a capacidade de escrever um tratado visto que não sou filósofo, nem cientista, nem teólogo, nem místico (tentei uma vez, mas o nome "Professor Ortiz" não é muito apelativo. )

Talvez se isto se chamasse ensaio faria mais sentido!

Continuando…

Um tratado sobre toalhas de mesa!?!?
Parece um tema extremamente interessante! Sou capaz de morrer amanha, mas vou gastar o meu tempo a ler isto!

Sendo assim tomem lá o resto do texto.

Uma toalha de mesa é um objecto que se utiliza para colocar sobre… uma mesa! A sua função é salvaguardar as características iniciais da mesa! É claro que quando digo garantir as particularidades iniciais, não me refiro a bicos de força contra uma das pernas da mesa, porque vamos lá ver, isso até era estúpido! Ver uma toalha a levantar-se e dizer:
- “Eh alto aí e para o baile! Na perna desta mesa tu não bates!”
E depois o malfeitor para a toalha:
-“Ah não bato! Ah não bato! E quem és tu oh malfadada personagem?”
– “Sou a tolha que salvaguarda os interesses desta mesa!”

Nota: São 4 da manha, e estou a ver o programa da TVI Toca a Ganhar apresentado pela Liliana Aguiar! Os concorrentes têm de ligar para dizer quais são as maravilhas do Mundo! Eu estou quase a ligar para dizer que são os dois implantes que ela fez no busto! Ainda bem k fez dois implantes! Se não ela seria uma monotetalhuda! Ehehehehe! Eu realmente tenho muita piada, mas mesmo muita!

Prosseguindo…

Sendo assim uma toalha “só” serve para proteger contra nódoas de refrigerantes, bebidas alcoolizadas (hmmm?), e contra comida (há pessoas que são porcas e conseguem ajavardar tudo!). Mas, meus caros amigos, há mais acerca do fantástico mundo das toalhas de mesa. E quem é que está aqui para vos elucidar sobre esse tema? Quem? Eu? É…

Há vários tipos de toalha de mesa. Sim é verdade! Temos as de papel, que usualmente vemos nos restaurantes, temos as de tecido, normalmente algodão, e finalmente as de plástico ou de um material muito semelhante ao plástico.
Quais as melhores? Isso é uma questão que levanta um inúmero de problemáticas. E assim sendo, eu escolho as de papel, porque dá para rasgar com o garfo, com a faca e para quem tem dedos nas mãos, isso também serve para rasgar (corre ai o rumor, que o papel é indestrutível perante as mãos, mas é mentira!). Isto de rasgar toalhas de mesa, surge neste magnifico post sobre perda de tempo, porque eu sou daquelas pessoas que gosta de retalhar as toalhas quando não tem nada para fazer! E depois atiro os papéis para cima dos amigos (surpreendentemente ainda conservo alguns). E sim, eu sou um mestre na arte do auto-entretenimento.

Mas as de tecido também são boas, porque no final da refeição dá para limpar a boca aos cantos da toalha. E também servem para…limpar as mãos…e para…pôr em…cima duma mesa. Bom…seguindo este raciocínio as toalhas de plástico são as piores, porque não dá para retalhar, nem para limpar a boca nos cantos (até dá mas…). No entanto estas ultimas têm uma coisa que eu considero deveras interessante – não fosse o facto de eu também ter a idade mental de um miúdo de 10 anos –, é que estas toalhas de plástico têm na sua maior parte desenhos, figuras decorativas, ilustrativas até, que nos entretêm e dão tema de conversa durante a refeição que estaremos a tomar. Mas para ter tema de conversa durante um jantar, basta falar das mamas da Liliana Aguiar. Falar sobre o facto do Mickey ser adepto da zoofilia, e andar a montar o Pluto, enquanto a Minnie leva com o strap-on da Branca de Neve, isto tudo quando estou a comer um croquete, epá…desagradável, contudo humorístico! E os anões a saírem de orifícios do Peter Pan. “São crianças!” diria ele. Ai são? Então tem cuidado pá! Se a PJ sabe disso, vais para a cadeia fazer cerâmica.

PS: Este post foi escrito em Julho de 2007,e a agora foi editado.

Tenho 20 anos, será que estou velho?

É com grande subtileza que este país me transmite a ideia de que, com apenas 20 anos, estou velho. Sinto à flor da pele os sentimentos de isolamento de um idoso. Como que posto à parte da sociedade.

A esta hora, todos sabem o que é o Magalhães, famosa criação electrónica portuguesa. Porém, para aqueles que estavam a ver os Morangos com Açúcar quando estava a ser discutido o projecto Magalhães, passo a explicar, devagarinho, que é um computador portátil de uso facilitado, construído especialmente para crianças. Estão à espera que eu venha dizer mal do artefacto. Mas enganam-se. Ao que parece está muito bem construído. O que me faz comichão no escroto é mesmo o facto de este ser totalmente destinado aos alunos do 1º ciclo. Concordo plenamente que as crianças sejam introduzidas às novas tecnologias o quanto antes por forma a terem uma forte base de conhecimento informático. Mas a ideia de que não se pode perder nem mais um segundo a brincar ao ar livre, a comer lama e a comer os macaquinhos do nariz, muito menos brincar à apanhada é verdadeiramente inquietante. Além de ao brincar à apanhada podem cair e fazer uma ferida, o que pode ser traumatizante, ou pior ainda, uma das crianças pode não conseguir fugir daquela que o tenta apanhar e entrar em profunda depressão por ser um incapaz na vida, e aí teria de frequentar um psicólogo para o resto da vida para que a sua auto-estima voltasse para valores aceitáveis. Vamos antes dar-lhes um computador. Já agora, o McDonald´s fica já ali ao lado, vamos buscar um Big Mac para o lanche e almejar que a obesidade só surja lá para os 8 anos. Com alguma sorte, ao introduzir"Noddy" no google, a página de pornografia só surge lá para o fim da lista e pode ser que eles não vejam, conseguindo efectivamente visitar o site do desenho animado tão fofo.
O que realmente me deixa triste é que os alunos universitários sejam completamente esquecidos. As crianças precisam de computadores para as coisas que referi acima, mas e os universitários? Ao contrário do que se pensa, a nossa vida não é só borga e às vezes estudamos. Tudo o que pedimos é que façam um esforço e que se consiga um acordo para que nós igualmente possamos usufruir de um computador a um preço que me faz vontade de comprar 4 ou 5, só para mandar um ou dois pela janela a ver o que acontece. É que parecendo que não, nós precisamos disso mais do que eles, vá lá, em vez dos deputados oferecerem um apartamento da camâra ao filho, ou um belo jeep à mulher, pensem nisto.
Dá-me a sensação que não o vão fazer.

Como isto apenas não chega, o que é que vamos fazer para lixar ainda mais os jovens? Fazer com que eles, aos 18 anos pensem que já deixaram de ser jovens. Notável.
O novo passe 4_18@escola.pt permite, como o nome indica, que os jovens dos 4 aos 18 anos possuam o passe de transportes públicos por menos 50% do custo normal. Além do facto de, eu, aos 20 anos já não ser jovem, fazem-me uma desfeita destas. Ainda mais assustador é o facto de pensar numa criança de 4 anos num autocarro. Tudo bem que podem ir acompanhadas por um familiar, mas custa-me acreditar que o pai/mãe esteja sempre disponível para acompanhar o filho à escola todos os dias. Portanto as coitadas das crianças que andam com mochilas que por pouco não superam a próprio peso do dono, vão andar sozinhas em transportes públicos. O que vale é que graças ao Magalhães estas pesam mais que os possíveis predadores humanos que por aí vagueiam e com o curso de auto-defesa que viram na net ainda lhes dão um enxerto de porrada!

Sabem que mais? Não preciso dos vossos computadores e autocarros! Eu nem gosto de autocarros, já tinha referido isso, seus cocós. Agora vou andando ( a pé obviamente ) com a minha velha caneta da Bic e papelinho e deixem estar que eu faço as contas de cabeça! Tou velho.

E-mail

Tão é assim...

Criámos um e-mail que se encontra aí ao lado. O e-mail serve para vocês mandarem...o que? E-mails. Exactamente.

As regras são simples. Serve para vocês mandarem as vossa reclamações, que diga-se de passagem vão ser ignoradas. Fazemos isto de graça e ainda vêm reclamar? Tão vão pro... isso mesmo.

Servem igualmente para mandarem as vossas sugestões, do género "olha sabes o que ficava fixe no vosso blog? isto."
Que vai ser igualmente ignorado. Quem são vocês para dizerem o que fica bem no nosso blog? O blog é nosso e nós é que sabemos o que é melhor para ele. E todos sabemos que o melhor para ele é ele deixar de fumar visto que ainda é muito novo.

Pronto, posto isto podem começar a mandar os bitaites.

sábado, 25 de outubro de 2008

Cenas

Olá. Já estavam aí todos ardidolas “então mas ele nunca mais escreve?” os mais optimistas “se calhar morreu…”.

Bom… Cenas. Cenas dá para tudo. Qualquer coisa pode ser uma “cena” e como tal são bastantes as vezes em que usamos esta palavra para minimizar o constrangimento a quando duma pergunta menos imprópria, para descrever um acontecimento menos impróprio ou porque sim.

Exemplos:

Vens da casa de banho suado como quem teve a correr 15min.
Individuo das perguntas: “O que foste fazer à casa de banho?”
Resposta: “Fui cagar.” ou então o típico “fui fazer cócó” (quando dito por um ser masculino é ridículo.)
Resposta menos agressiva mas sem perder a masculinidade: “Fui fazer cenas.”

E pronto. Ninguém mais pergunta. Está mais que dito o que se foi fazer, sem recorrer à mariquice.

Em conversa.
Individuo das perguntas: “então e onde anda o Gabriel?”
Resposta: “Olha, diz que anda a meter cenas onde só deviam de sair cenas.”

E pronto. Ninguém pergunta: “então mas é de plástico? Ou ele prefere legumes?” nada. Porque já se sabe que são cenas.


Individuo das perguntas:”Epaahh ainda ontem fui a casa do Maria e ele tinha a cama por fazer… aquilo metia nojo. Afinal porque não faz aquele animal a cama?”
Resposta:”É simples, ele a noite quando se sente sozinho mete-se a fazer cenas na cama e depois sai cenas… essas cenas agregam-se nos lençóis e ele deixa aquilo a arejar um bocado.”

Ninguém vai questionar que cenas é que ele faz a noite. Quanto muito pensam que tas a brincar.

Individua extremamente histérica:”Ahhh não vieste ter comigo!! Porquê?”
Resposta: “Epa tive umas cenas para fazer.”
Individua extremamente histérica:”que cenas?”
Resposta: “Epa umas coisas nada de especial.”
Individua extremamente histérica: “não queres dizer não dizes.”
Resposta: “mas não foi nada de especial”
Individua extremamente histérica: “dizes sempre isso..”

Também queriam que desse para tudo? Há sempre algo que não se pode contornar… nomeadamente seres femininos. Porquê? (pergunta o leitor feito parvo) olha pá… Cenas.

Gostaram? “ah não.” Isso é porque todos vocês fazem o mesmo que o Gabriel pá.
"Ahh não aceitas uma critica?" Aceito, mas não de pessoas que fazem o mesmo que o Gabriel.

Faz-me isso!

Porquê é que temos de fazer a cama? Porquê?

Desde crianças que as nossas mães nos obrigam – sim, obrigar é a palavra correcta – a fazer a cama logo após nos levantarmos. Mas porquê? Porquê é que é necessário fazer algo que dentro de algumas horas será desfeito? E porquê é que as nossas mães parecem sofrer de uma necessidade patológica, onde a cama feita, é a par do pequeno-almoço, a parte mais importante do dia? Talvez seja uma informação secreta, que só nos irá ser passada quando tivermos os nossos filhos. Ora eu não sou nenhum ilusionista para ludibriar uma garota a ter filhos comigo...portanto das duas, uma: ou nunca irei ter na minha posse esse segredo, ou alugo uma criança da Casa Pia. Mas eu não quero uma criança "que não tenha roupa, ande descalça, com doenças e ranho no nariz" como a Lucy! Não, eu quero alguém já treinado com os cuidados básicos de higiene (higiene ainda leva h?).

É claro que, chegado à universidade, eu caguei de alto para a cama! E adivinhem...nada de mal me aconteceu! Tive medo durante esse dia todo, sabia lá se algum monstro se iria criar no fim da cama, uma espécie de híbrido entre cotão, peles da planta do pé e micro-fungos do chulé. Mas não...escusei de perder cerca de 10 minutos (eu demoro um bocado) a fazer algo que quando me fosse deitar seria descomposto. Chama-se a isto...inteligência. Foi devido a pequenas decisões como esta que a espécie humana evoluiu.

Mas continuo a questionar-me porque é que as nossas mãezinhas nos impõem essa condição quando ainda mal sabemos fazer chichi de pé. Será que estão com medo que uma autoridade estatal averigúe as nossas camas? Uma espécie de ASAE das camas? A resposta que eu mais ouvi foi:
- Imagina que alguém vai ao teu quarto e vê aquilo assim.
Agora que tenho uma inteligência racional, que chega a ser semelhante, àquela que é evidenciada pela magnifica criatura peluda da reciclagem (digo isto com o peito inchado), poderia refutar com algo do género:
- Mas aquilo é só um lençol não esticado! Eu não deixei aquilo tudo sujo. É que falas daquela cama como se eu me tivesse borrado durante a noite, e agora os lençóis estejam cheios de cagoitas!
E já agora, caso alguém entrasse no meu quarto e visse a cama por fazer, qual o mal disso? Iria me julgar por isso? Quem é que no seu perfeito estado de juízo julga outra pessoa pela cama? E caso haja alguém assim prefiro evitar contacto. Quero amigos que me julguem pela minha beleza exterior e pelas roupas que visto. Eu não quero dar-me com alguém que me diz:
- Hey chavalo! Tu não pertences aos nossos, yo! Tens a cama toda flipada brother! Yo! Fixe! Tipo! Basicamente! Fixe! Tótil!

Portanto estou ainda a tentar descobrir o medo, até agora irracional, das nossas santas mães, pelas camas desfeitas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Transportes Públicos - Parte I



Toda a gente odeia transportes públicos. Não me venham com coisas, ninguém gosta de andar de autocarro. E se por algum acaso, um de vocês tiver prazer nesta prática, aconselho vivamente a fazerem o seguinte: No verão, quando o calorzinho estiver a bater bem forte, não tomem banho durante uma semana. Nem o mais leve chapinhar de água fresquinha na fronha. Se possível, façam exercício físico que os faça suar que nem um suíno. Após uma semana a seguir estas instruções, aventurem-se e entrem no autocarro para a costa da caparica, por exemplo. Às quatro da tarde e com as janelas da viatura perfeitamente seladas. Lembram-se de não ter tomado banho durante uma semana? Pois bem, eu não digo que as 57 pessoas que se encontram no autocarro fizeram o mesmo que vocês, mas é o que parece! Uma mistura de fragrâncias provenientes de flúidos corporais invade o nosso sistema respiratório, e mete realmente nojo.
Posto isto, o mínimo que podemos pedir pelo euro e noventa que pagámos ( para quem não tem passe, quem quiser adquirir o passe é favor dirigir-se ao posto dos TST mais próximo, obrigado ) é de facto um lugar sentado onde podemos seguir viagem descansadinhos da vida, embora as circunstâncias quase desumanas em que nos encontramos ( desumanas...que exagero ).
Sentamo-nos e é então que surge a velhinha com o saco das compras cujas medidas são preenchidas pelo pacote de leite magro, o eterno pacote de bolacha maria e meia banana, que a fomeca não é muita.
A brisa a mofo que nos enche as narinas é como um violento soco no queixo enquanto estamos a dormir - desagradável. É então que surge uma troca de olhares intensos, sugerindo a tomada de posse do nosso lugar. Fica aqui um pequeno parêntesis, não me entendam mal, eu respeito imenso as pessoas mais idosas visto que tiveram uma vida que faz com que a vida da nossa geração pareça ridiculamente fácil. E orgulho-me de afirmar que sou das pessoas que se levanta sem qualquer tipo de problema para ceder o meu lugar a esta geração. Só peço uma coisa: Se querem o meu lugar...digam!
Em vez de pedirem gentilmente o nosso lugar, olham-nos de forma aterradora. Os olhos vazios miram os nossos fixamente e transparece aquilo que aparenta ser uma fúria e raiva por não nos levantarmos de imediato. Como quem diz "olha para este deliquente, com os fones e o...cabelo", "Nem se levanta para a velhota que já não pode. Já não há respeito!" É o seguinte...peçam e eu terei o maior prazer em ceder o meu banquinho que aqueci com as minhas nádegas só para si.
Quando começo a ficar com medo que me mandem feitiços e coisas, nomeadamente bengalas, finalmente levanto-me e cedo-lhe o lugar.
"Ah muito obrigado jovem! Deus lhe pague!" diz amavelmente a senhora. Já agora diziam-me onde esse fulano chamado Deus vive, que até hoje não vi um tusto.
Quando finalmente penso que a era de terror chegou ao fim, é então que surgem as conversas entre as velhinhas que discutem num debate aceso qual delas vive a vida mais miserável com a reforma mais miserável. Quando finalmente chegam ao consenso de que todas elas têm uma vida muito fraquinha, decidem falar de quem não está presente, ou então lutam fervorosamente numa batalha de palavras para ver quem é que tem o filho/a mais espectacular.
É por isto juventude, que deixei de andar de autocarro e tirei a carta de carro e consegui finalmente subir na vida, actualmente...uso o metro!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Energias Renováveis

Ora bem, perante o constante aumento do preço dos combustíveis, as pessoas vêm-se aflitas porque não há papel para o pópó andar. Há dezenas de anos que o combustível faz mal à Terra, mas pronto, quando se acaba o líquido mágico e o preço deste aumenta de forma assustadora é que as pessoas se lembram "calma lá, que temos de encontrar alternativas, que isto não há dinheiro pró gásoil".

Portanto o que é que aqui o menino pensou? O vento nunca acaba. Sim eu sei, sou um visionário. Mas mais visionária é a ideia que apresento de seguida. De seguida quando? Agora.
Basicamente é aquilo a que apelidei de carro eólico. Consiste num automóvel com uma hélice que aproveita o ventinho fresquinho para gerar energia que fará o carro mover-se ( façam figas ).

Porque é que já estão a pensar "Hmm? tá estúpido e tá mal desenhado". Porra...tenham calma. Tá mal desenhado porque é o protótipo. E faltam sempre ajustes e acabamentos aos protótipos. Daí o nome - protótipo. Ok? Estamos entendidos? Ok. Além disso aventurei-me no impressionismo e acho que não me saí nada mal. No entanto eu percebo o vosso ponto de vista, tendo em conta que do ponto de vista técnico, o carro não dá jeito nenhum. Primeiro porque tem um poste enfaixado no meio da viatura, o que impede a interacção das pessoas da frente com as de trás. Mas têm de ser pragmáticos. Com este poste no meio, as crianças não podem mandar o Action Man à cabeça do pai enquanto este conduz, o que até agora era uma prática hilariante para os infantes. Não tanto para os progenitores.
Sim reparei que o carro tem rodas de bicicleta. Porra que vocês são exigentes! Como sabem não há guitozinho e tive de ir à sucata buscar as rodas, portanto tiveram de encaixar ao murro e ao pontapé. E duas cabeçadas. As chapas também são da sucata, daí o vermelho-ferrugem-brilhante que a viatura apresenta. O aileron é para aproveitar a brisazinha ao máximo. Pronto basicamente a hélice gira e coiso e vai para um gerador de energia que faz mover a brilhante máquina. Já mandei o projecto para diversas marcas de automóveis, mas todas me responderam com insultos, portanto desisti do assunto e mandei o projecto para uma empresa de distribuição de rolhas de cortiça e o senhor que manda diz que o desenho tá muito bonito. Obrigado.


O meu segundo projecto é aquilo que baptizei de carro-tanque. Não se deixem enganar pelo nome. O "tanque" não é no sentido de tanque de guerra. Não senhor. É mais como quem diz tanque de lavar a roupa. Tal como o ventinho não acaba, a corrente das águas também não ( quer dizer, não vá o diabo tecê-las e um dia vês-te aflito porque não há aguazinha para matar a sede, mas isso é outro assunto de menor relevância, vamos antes voltar ao tema do carro-tanque).

Basicamente era aproveitar o facto das estradas portuguesas terem buracos que fazem lembrar um queijo francês, e aproveitar a agitação das águas do tanque para gerar energia cinética.
Aquilo no meio do tanque é uma máquina de lavar a roupa.
Não, não é. Isso seria ridículo.
É o gerador de energia que estou a tentar conceber a partir de latas de atum ( em azeite ) usadas.
Neste projecto nem necessitei de mandar e-mails a empresas de automóveis, porque mal desenhei o maravilhoso aparelho de pilotagem, recebi de imediato e-mails com insultos. Coisas do arco da velha.

Por fim, após tentativas frustradas de sucesso no mercado dos amendoins salgados ( isso foi outra história ) e no mercado dos carros ( acho que é este o nome ) decidi tomar medidas mais drásticas e implementei um novo conceito aproveitando a ideia do carrinho de choque.

Pronto...era mandar destruir os automóveis todos do mundo. Tenho a sensação que 3 ou 4 pessoas não vão gostar desta ideia. Mas isso são pessoas com mentalidade muito retrógada. Só por causa disso vou apagá-las do MSN. Esperem um bocadinho...
Tá quase...
Pronto já tá.
Só para não tarem feitos coisos.
Bom...passaríamos a usar carrinhos de choque, que são movidos a electricidade por causa daquela bandeirazinha lá em cima ( sim a bandeira é que faz toda a diferença ).
O carro tem o número 7 por causa do Cristiano Ronaldo.
Mentira. Não é por causa dele. Porque é que hoje tem de girar tudo à volta desse menino? Bom...vamos lá ver...
Tem o 7 porque me apeteceu. Ok? Ainda bem.
Pronto imaginem isto, o Mundo seria uma enorme pista de carrinhos de choque, sem a parte da música dos carrinhos que choque. Genial.
"Então e a rede de fios metálicos que é o que efectivamente conduz a corrente? Como faríamos?"
Boa pergunta caro leitor. De uma perspicácia acima da média. Mas é muito simples, era mandar meter uma rede dessas no Mundo todo. Sei que parece muito trabalhoso, mas se ajudarmos todos um bocadinho todos os dias somos capazes. Não me digam é para ajudar às terças que não posso. Nem às quintas à tarde. Porque tenho a aula de coiso. Já agora, nem ao sábado e ao domingo, porque é fim-de-semana e quero descansar. Posto isto, é só ligarem que eu vou lá ajudar.

PS: vou agora mandar um mail às empresas de carros, mas com um e-mail novo que eles nao conhecem, assim já não sabem que sou eu. Deixa lá ver se esta passa...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Escolas ou algo do género.

Ora boas juventude... venho aqui para vos falar sobre o facto do Cristiano Ronaldo fazer o patrocinio da Escola Modelo. Já agora eu gostava que alguém me informasse que tipo de matéria leccionam nestas "escolas"... Só de imaginar os problemas de probabilidade!
Mas não é sobre isso que vos quero falar. O motivo deste post é, como disse em cima, falar sobre o facto de o CR7 andar a publicitar o ensino lectivo. Como é conhecido do grande publico (sim, porque as estações televisivas já se desdobraram em entrevistas e reportagens especiais sobre a vida de alguém que não chegou ainda aos 25 anos!) o dito futebolista não completou sequer o 2º ciclo escolar! E é isso que me comicha debaixo da lingua...

Como é que alguém que não tem sequer o 7º ano, pode ser o escolhido para publicitar "Escolas"?

Como é que alguém que não sabe ter um discurso, pode ser o escolhido para promover a escolaridade?

Ok, para uma campanha publicitária ter sucesso necessita-se de alguém com que o grande publico se relacione. Mas o Cristiano Ronaldo??? Esse é o exemplo de estudante que o Modelo quer para nossa juventude? O que é que o próprio Cristiano Ronaldo teria a dizer sobre isto tudo? "Eu penso que sou a escolha certa, porque..."- e o resto seria uma continuação muito ao estilo de Contemporâneos e assim não me vou dar ao trabalho.

Ele pensa muito, mas no fim de contas não tem nada a dizer...afinal é o empresário que está a tratar do assunto!


PS:O objectivo inicial deste post era fazer comédia, mas durante o percurso do mesmo vi que não seria possivel (iria fazer um estilo bastante semelhante, embora com menor qualidade, ao dos Contemporâneos), e assim deixo-vos somente com uma reflexão que por vezes me passa pela cabeça.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lacticínios...

Ora bem, nós hoje decidimos ir à aula. "Tão mas vocês nao sao estudantes?" Somos. Às vezes as aulas são de manha e custa levantar às 10 para ter uma aula às 11, no entanto esta aula passou-se à uma da tarde, pelo que fiz um esforçozinho, e aqui, o Fábio, levantou-se ao meio dia, enquanto o João já tinha madrugado hoje às 7 da manhã. Sempre foi trabalhador este João. Vai ser grande...

Este Fábio e suas piadas...
Uma da tarde e lá estamos nós para a primeira aula teórica de TLQ. Para quem não sabe TLQ é a sigla correspondente a Técnicas do Leite Qristalino. Ah...tu queres ver que eles estão a gozar connosco, pensam vocês, caros leitores. E de facto, estamos (ahahah somos mesmo engraçados). Na verdade é Teoria da Ligação Química. Ah...tu queres ver que eles estão a gozar connosco outra vez? (Foda-se então mas acham que íamos repetir a mesma piada outra vez? ). Não. É mesmo aquilo.

Entramos para a sala com mais um milhão de pessoas, sentamo-nos e passados 5 min de intenso barulho, o Sr.Professor começa a aborrecer-se com tal zaragata que parecia estar a ser causada por 127 hienas e duas corvinas. As primeiras ameaças de expulsão são efectuadas. No entanto não é no autoritarismo daquele profeta que nos queremos focar. O que realmente teve piada foram algumas das incursões no seu discurso.

"Vocês já alguma vez viram as ondas do mar?" - pergunta Maomé. E com isto acrescenta "Algum de vocês faz surf?"

Ora bem... se para saber o que é uma onda do mar, tenho de fazer surf, lamento imenso caro Maomé, mas não faço ideia do que fala.

A seguir para explicar o processo pelo qual as ondas rádio são captadas por uma antena, presenteou-nos com um magnífico esboço de uma antena:



"Já viram alguma antena?"
Não.
Não sou electricista nem técnico de instalção de antenas ( sim, eles andam por aí...cuidado ), portanto não sei o que é uma antena. Mas sei o que é uma tostadeira, ainda ontem fiz pipocas naquilo.

Já um pouco farto da ignorância generalizada que ele tinha de nós, o gentil senhor decide então fazer mais uma perguntinha:

"Já alguma vez viram o pôr-do-sol?"

Foda-se!! Se eu tenho vivido enclausurado numa cave nos últimos 20 anos, achas que eu alguma vez vi o pôr-do-sol? Deixaram-me apenas com uns calções da Sailev e tenho vivido à base do musgo que se propaga nas paredes!

Finalmente deixa-nos com um eterno enigma:
"Sabem a côr do sol?"

Mas com essa não me enganas tu. É lilás, caro professor...lilás.

Era bom terminar por aqui, mas a vida por vezes é traiçoeira, e quando menos esperamos surgem perguntas como esta:

"Todos conhecem a equação de Belomonte?" Ou era Belomonte, ou beaumont, ou ainda alguma das outras 257mil palavras que possam ter saído da boca daquele Homo-Sapiens. Sim porque nós não chegámos a perceber bem o que ele disse.
Perante a questão, instala-se o terror e o pânico nos olhos do professor ao constatar que nenhuma mão se eleva.

Ninguém sabia do que ele falava. E a expressão do homem apresentava uma indignção nunca antes vista.

Aquele senhor tem um conceito de cultura geral extremamente complexo. Não há qualquer tipo de problemática em não saber qual é a cor do sol. Mas não saber o que é a equação de PLDJASDDASBKDKMONTE ?!? É de uma ignorância acima da média. Lamentável.


PS: Destacamos que este texto foi feito em conjunto pelo Chumbita e do JOrtiz (mas acho que já deviam ter percebido, visto que tamanha estupidez não pode estar acumulada num único ser vivo).

PS2: Em relação à banda desenhada, não desesperem...

PS3: Neste momento devem estar a perguntar-se o que é que o título tem a ver com o resto do texto? Bem...é que nós à bocado falámos em leite.

Ah...maganos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Desculpe foi engano.

Hmmm…

Uma das coisas piores quando se está a dormir é o telemóvel começar a tocar… para reforçar isso é a chamada ser de alguém que não conhecemos. Levanto-me atordoado e penso cá para mim “quem é que será o filho da…” era um número desconhecido. Nisto penso “Queres ver que são aqueles filhos da… das viagens?” (sim porque eu num ano devo ter ganho 30 sorteios de viagens…). Atendo e aqui é que começa a conversa espectacular, sendo isto de manhãzinha.

-Tou? (digo eu como quem diz: tão mas tas parvo? Foda-se. Vai ligar pa … que te pariu.)
-Olha, passa ai ao meu namorado. (diz uma voz feminina do outro lado, com um tom estranhamente alegre para aquela hora da manhã e um som de fundo de carros a passar).

Ora bem… já não basta ser acordado aquela hora como ainda me vem dizer que o namorado dela estava ali, o que seria a mesma coisa que especular que o gajo tinha dormido aqui. Aí o caralho… Quem é que liga para alguém e parte do princípio que essa pessoa tem o namorado ao lado? Aqui para dormir é só entidades do sexo feminino e que tenham certificado de qualidade (nada contra as que não o têm).

-O que? Tão mas qual namorado? (digo eu como quem diz: o que andaste a injectar já pela manhã? Foste pa lixívia, está visto).
-Vá eu sei que ele tá ai, não gozes, passa lá o telefone. (convicta e a rir-se).

Tão mas? Bom continuando…

-Epaa não faço a mínima ideia do que tas a falar.(Peço desculpa, mas já que tava acordado queria alongar a coisa para me rir mais. Posso? Obrigado)
-Oh vá lá deixa-te de cenas.
-Pois eu passava mas sabes que para isso acontecer o teu namorado tinha de estar aqui e eu tinha de saber quem és.

(Faz se um silencio do outro lado enquanto as sinapses disparam a uma velocidade de caracol)

-Mas tu não és o Chico? (Espanto e embaraço)
-Não pa.(como quem diz: não.)

Ainda não contente pergunta:
-Mas tas mesmo a falar a sério??
-Pelos vistos tou.(Tão mas não me conhece e ainda pensa que estou a mentir? Raio da ...)
-Ah então se calhar foi engano… (uma voz desapontada)
-Se calhar foi…

foi??? Nãooo… foi??? Ahhhhh não fazia ideia… Se calhar? Pois… acho que ainda há aqui tema para dúvidas.
Nisto tudo culmina como o habitual.

-Ah então desculpe foi engano.(entram os risos)
-Então ta bem pa, bom dia.

Sim caro leitor era PUTA que eu queria dizer.

Olha olha não sei carregar...!

Está aqui uma coisa a remoer a remoer a remoer…. Ui!

-Então diz lá! (dizem vocês curiosos)

Ao ver o programa da RTP “Jogo Duplo” apresentado pelo tio Malato… reparei como o ser humano consegue ser tão idiota. Não se trata de saber ou não cultura geral porque assim o idiota era eu, mas sim simplesmente alguns concorrentes terem a mínima inteligência para carregar na merda do botão quando é obvio!! Não.. não falo das fases avançadas em que se torna difícil perceber quando o jogo ta equilibrado mas sim logo da primeira fase.

Ora eu não vou explicar as regras. Primeiro porque não sou doutorado em: regras do concurso “Jogo Duplo” (Apesar de ser um doutoramento muito bonito). Segundo porque não me apetece e já arranjei desculpa para não o fazer como é o caso do doutoramento.

Programa tipo:
Primeira ronda 5perguntas (cada uma vale 50).
Concorrente de seu nome aleatório Cristiano Reinaldo.
O Campeão Cristiano responde a 1pergunta certa e acumula 50euros.
Segunda ronda de 5perguntas (cada uma vale 100).
O Campeão Cristiano não acerta nenhuma e continua com os 50euros.

Vamos a parte de carregar no botão e passado 10segundos Cristiano no seu acto de inteligência mete as mãos atrás das costas como quem diz "eu não vou carregar" e não carrega no botão.
tio Malato: ahhhh vai ter de sair o Cristiano.
Cristiano: ahhh não estava a espera.

Não estavas a espera? Oh seu badocha... Tão mas tu só acertas numa pergunta e nem os 50euros queres levar? Tão mas és estúpido? Foda-se.

Chega a entrevista com a Ana Galvão: Então porque é que não carregou no botão?
Cristiano “O Maior” Reinaldo: Ah vim aqui para jogar, portanto era até ao fim.
Aninha Galvão: Mas não achou que estava em ultimo? Afinal só acertou numa pergunta…
Cristiano “O Maior” Reinaldo: Pois mas também eu vim para aqui com zero portanto saio daqui igual!

Tão mas?? Não gostas de dinheiro?? Não é mais lógico mamares os 50euros do que seres anormal e não levares nada?? Não, não. Carregar no botão é para meninos.

Pois olha meu badocha não carregar no botão quando só acertas numa pergunta e está milhares de pessoas a ver não demonstras que és campeão, mas sim estúpido. Mas isso é um conselho, não queres carregar não carregues pa! (conselho muito util caso alguma das 3/4pessoas que lê isto vá ao programa)

E podia me indignar com o ridículo que é alguns “bluffs” que os indivíduos fazem… mas não vamos por ai se não salta me um olho.

Depois disto tudo o leitor pergunta o que se impõem:
-Então mas o Malato é teu tio?
Não. És anormal? Bem me parecia.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ai é?! Então ta bem pah!

De registar que o meu primeiro post (aquele a sério… ahaha gargalhada.. a sério diz ele.) levou 2comentarios! Sim.. um é de um individuo do blog a reclamar com uma distracção minha lá o filho da… mas está lá um que não é de ninguém que escreve aqui! é com certeza muita gente o que me faz acreditar que sou espectacular. Creio que todo este sucesso estrondoso se deve a tal comunicação com o leitor… portanto aqui vai…

-olá como estão? (pergunto eu com um sorriso no rosto e uma cara fofinha que vai para alem do agradável imaginário de qualquer “Soraia Chaves” que por aqui ande)
-epá espectacular tive um dia… espectacular! (um leitor mais entusiasmado) Sempre, SEMPRE bem! (um leitor um bocado oco).

E nisto introduz-se o tema que trago aqui hoje para me indignar! Vejam bem este mecanismo magnífico que aqui criei. (foram dois comentários, peço desculpa mas estou extasiado.)
Que é o facto de mais de metade das pessoas que conheço estarem a ter um dia mais que espectacular… (também podia entrar com o SEMPRE/NUNCA mas isso fica para outra parvoíce)

Ora bem aqui está algo que gostava de perceber! (e digo isto fazendo um ar sério)
Uma conversa habitual entre mim e um ser humano que está geralmente contente(vejam bem a leveza com que digo isto para depois exagerar):
-Então tudo bem?
-Epa nem te passa pela cabeça, espectacular!
-Ah mas perdeste uma perna ainda ontem…
-Então mas isso é normal. Vou agora ficar chateado por uma parvoíce dessas…
-Então desculpe foi engano.

Ou ainda mais habitual que a anterior:
-Olhó gajo! Então campeão, como é que isso vai?
-Epá muito bem, estou sempre espectacular.
-a sério? Então mas ainda ontem fizeste 3 cortes nas virilhas de 15cm cada um porque apanhaste a tua namorada de “quatro” com 2moçambicanos… (não me perguntem porque as virilhas, ele lá sabe)
-Ahhh mas esse não contou.
-Então mas ainda assim quer dizer… faz hoje três dias que os teus pais foram a enterrar. E de referir que foram queimados vivos pelo teu irmão de 5anos que de seguida tomou uma caixa inteira de ben-u-ron’s e faleceu. (sim eu também não percebo como é que já estando meio queimados decidem pelo enterro. Questões complicadas não).
-Ahhh mas esse também não conta. (nisto telefona a avó aflita a dizer que o tio dele depois de violar a filha de 14anos e de matar a mulher com uma colher fugiu com a ex-namorada… sim… a que gosta de andar de “quatro”)
-Bem.. afinal isto hoje está mau..
-Não… isto é habitual… não vou estar a estragar este dia espectacular com uma coisa destas perfeitamente normal.
-Com certeza. Que tenhas sempre dias assim espectaculares. Quem me dera ter dias assim.
-Olha não é para todos só para quem faz por isso.
E eu saí dali com uma lágrima no olho por não ter a sorte da vida do meu lado.

Um dia sei que vou ter sorte, ter também eu motivos para sorrir todos os dias e andar de mão dada com a vida onde os problemas são utopias de quem os tem. Mas até lá vão todos pó caralho que o dia não me correu bem.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ai beijaste? então quero ver!

Já alguém reparou no anúncio do novo programa apresentado pela Sílvia Alberto de seu nome “Olha Quem Dança!”? Eu já… e não apenas porque aparece a Sílvia Alberto num vestido sugestivo mas porque uma das musicas (sim aquilo vai variando a musica a que ela esta tipo a dançar que não é bem a dançar que acaba por ser coiso…) era: I Kissed a Girl - Katy Perry. Ora nem basta ouvir a musica já que o título sugere bastante.

Agora perguntam vocês já chateados por terem começado a ler isto:
-Então mas para que é esta merda toda num post que mete, já por si só, nojo tal não é a qualidade do autor?
Ao que eu respondo apesar de não gostar do tom a que me é dirigida a pergunta:
-Tenham lá calma que eu ainda não acabei.

Isto é muito simples… Venho por este meio mostrar a minha total indignação perante este anúncio!
-Porquê? (perguntam vocês novamente, e confesso que já chateia.) Porque a musica fala de uma gaja que beijou outra?
-Não, muito pelo contrario.
-Porque a Sílvia Alberto esta com um vestido e tal?
-Não e agora estão a ser parvos.
-Então porque pa?
-Porque acho de muito mas mesmo muito má fé a RTP meter a Sílvia Alberto a dançar a dizer que beija uma miúda e gostou, sugerindo ao telespectador (mais nomeadamente Eu) todo um acto de amor entre a Sílvia Alberto e outra menina que seria (pelo menos na minha cabeça) bem boa. E agora as imagens? Não não. Toma lá um programa a dançar. Para publicidade enganosa, desculpem, mas não contem comigo.

-Epaaa então mas isto é estúpido! (dizem vocês surpreendidos depois de vos ter cativado com a historia das perguntas fazendo do leitor parte integrante do post)

Ao que eu respondo com uma certa leveza:
-ENTÃO VÃO PÓ CARALHO! Eu também não disse que era bom… da puta.

Primeiro post!

Ora aqui está o post mais aguardado de sempre num blog onde reina a parvoíce.


ah já ta.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Afinal quem é que fala nisto?!?

"Pro-Xylane e ácido hialurónico que toda a gente fala..."
Como já devem ter visto há um anúncio que faz publicidade (UAU! um anuncio que faz publicidade!?!?...aprende a escrever minha besta...) a um creme anti-rugas que contem estes dois químicos. Agora o que me faz comichão no sovaco, é o facto de a actriz convidada, cujo nome não me recordo, e honestamente também não estou a visualizar a cara (provavelmente antes de começar a escrever este post devia ter feito uma pesquisa um pouco melhor...hmmm caguei...), a fazer referencia ao facto de toda a gente andar a falar sobre o Pro-Xylane e ácido hialurónico. Bem...isto é capaz de ser mentira! Até agora, das duas vezes que sai de casa desde Julho deste ano, ainda não ouvi ninguém falar destes dois componentes. A certa altura pensei que as pessoas falavam disto todo o tempo, mas só que na minha presença adoptavam outros temas de conversa, como o tempo, o preço da gasolina e o crescimento de pêlos púbicos.

Então decide que o melhor seria disfarçar-me de arbusto (primeiro mascarei-me de centurião...não deu muito resultado! Também só tinha o capacete.). E assim fui para o Parque Eduardo VII, e fiquei lá à espera que alguém falasse sobre aqueles dois ingredientes, que supostamente toda a gente fala. Long story short, eu acabei preso! Aparentemente devia ter coberto o corpo com mais folhas – parece que cobrir só a cara não chega!!

A missão foi mal sucedida, não só porque fui preso, mas porque não ouvi ninguém falar de Pro-Xylane e ácido hialurónico. E isto deixa-me indignado! Um anúncio televisivo que engana pessoas?? Mas em que raio de mundo nós vivemos, onde já não podemos confiar na publicidade que nos enfiam pelos olhos acima, paralisando o nosso cérebro?? Uuuuhhh a Cofidis oferece 20 mil euros!?

sábado, 4 de outubro de 2008

Olha o gajo...vem aí uma série !

Pois é...

Ainda não há nome para a pequena série que estamos a criar ( agora que escrevi esta frase sinto-me importante...uuuhh..escrevi uma série. Não, vamos lá ter calma. São uns rabiscos com letras lá para o meio ) mas vou só perguntar o seguinte: Sabem aqueles desenhos que as crianças de 5 anos fazem? A típica casa, carro, árvore, o homenzinho lá no meio e obviamente, o sol lá ao canto? Pois bem, as nossas mentes brilhantes pensaram...já viram se realmente tudo fosse como as crianças pintam? E daí surgiu esta pequena ideia sobre a vida de um família altamente disfuncional ( ou melhor... a típica família tuga ) que vive nesse mundo muito muito bonito.

Aqui fica um exemplo dos desenhos que estas crianças nos oferecem.



É que realmente...esta imagem é hilariante. Agora a sério...eu não contrataria o empreiteiro que fez aquela casa. Paredes tortas e janelas que do ponto de vista físico, são praticamente impossíveis de abrir. Uma porta que consegue ter metade da altura do indivíduo que vive lá dentro, e a cereja no topo do bolo, neste caso, a chaminé no topo do telhado. Não sei se já repararam mas aquele fumo é inquietantemente suspeito. Eles estão a queimar lenha ou a queimar cadáveres? Hmm...vai-se a ver e isto é a casa do Hitler e este gosta de queimar judeus, ai ai...
Depois, o carro. Não consigo decidir se aquilo é um fiat punto GT mal quitado ou se é uma 4L. Também me questiono como é que o senhor consegue entrar no veículo e de facto pilotar a dita máquina.
Nem vou falar do senhor com uma severa anorexia em cima, e ao que parece, albino.
Depois uma das coisas que sempre me perturbou foi o sol lá ao canto. Tudo bem, tem de haver um sol, porque é uma imagem alegre e no fundo é o que ilumina o mundo. Mas porque é que este tem de estar lá ao canto, sendo visível apenas um quarto daquele corpo celeste? E ao que parece este lança raios negros sobre a Terra, o que é assustador! Devem ser os raios UV...vá-se lá saber...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Aniversário...aliás festas de anos!

Eu acho que as festas de anos é um dos actos mais narcisistas que alguém pode organizar. É preciso alguém amar-se profundamente, ter uma auto-estima do tamanho do Mundo, para poder sequer pensar em dar uma festa em honra a ele próprio. A pergunta que eu faço é: como é possivel alguém no séc.XXI achar que um evento completamente aleatório, como é a data de aniversário, ser razão suficiente para planear uma festa?! Nascemos num mês e num dia completamente aleatórios, e dizem os costumes ocidentais que isso é razão suficiente para que se dê uma festa, se entregue presentes, se coma um bolo, e se tiveres idade suficiente apanhar uma piela (até agora o único bom motivo!).

Mas o que eu realmente quero falar neste post é sobre o facto de serem os aniversariantes organizarem a sua própria parada de tristeza. E fazem-no porque simplesmente sabem que mais ninguém quer saber... Se essa pessoa não se der ao trabalho de convidar toda a gente que conhece e marcar restaurante, ninguém o vai fazer por ela! E isso é triste...não o facto de ninguém querer saber dessa pessoa, mas sim o facto de ter ser ela preparar a festa para uma espécie de auto-promoção, algo de: venham à minha festa, não se esqueçam que eu existo!

E agora um bocadinho de agressividade...

Para ser honesto acho que festas de anos são um dos cúmulos de estupidez humana.
"Felicidades por teres nascido à X anos atrás num dia e mês completamente fortuitos!"
Uau! Escrito ainda torna estes eventos de amor-próprio mais idiotas. Se eu desse felicidades seria aos pais, por ter criado aquele monte de merda. "Parabéns por à 20 anos atrás ter cagado algo que devia ter abortado!" Mas atenção é um cagalhão com auto-estima! Portanto um novo paradigma no mundo da caca.

Para terminar deixo uma mensagem de anos para quem faz este tipo de festas: "Parabéns meu anormal! Conseguiste sobreviver até hoje, e tendo em conta a tua inteligência, é realmente um feito. Espero que morras sufocado com um pedaço de bolo. Tem um bom dia casual."

PS: Como é óbvio eu não organizo festas de aniversário. Primeiro porque faço anos no Verão, e segundo porque não tenho muitos amigos.