domingo, 26 de julho de 2009

Choca aí.

Depois de um hiato de alguns meses para reflectir sobre outros aspectos mais importantes, espero que o submarino esteja de volta e a trabalhar a todo o vapor. Sim, somos donos do único submarino do mundo que funciona a vapor. Entretanto tive tempo de me aperceber de algumas coisas. Esta é uma delas:

Dizem que esta geração é fútil e desleixada. Eu acho que somos espectaculares tendo em conta as circunstâncias. Apercebi-me disto quando fiquei sem net. Ora, fiquei sem net uns dias e foi como se o Partido Monárquico tivesse ganho as eleições. De facto, eu acredito piamente que se o PM ganhar, isso significa que iremos voltar à era medieval. Esqueçam os automóveis, computadores e telemóveis. Tragam de volta os cavalos, os pergaminhos e os sinais de fumo. Agora que penso nisso, acho que os sinais de fumo eram considerados obsoletos na era medieval. Provavelmente eles usavam um sistema de comunicação um pouco mais eficiente mas sinceramente não sei qual era. Talvez os Nokia 3310. Mas não sei.

Voltando ao tópico. Esta geração tem distracções a mais e por essa razão dedicamo-nos menos à ciência, arte, desporto etc. Isto é, dedicamo-nos a...merda.

Antigamente faziam-se grandes descobertas porque não havia nada de jeito para fazer. O que é que Newton poderia estar a fazer em vez de estar a coçar os tomates debaixo da macieira? A escrever uma carta de amor à sua namorada que o viu uma vez na vida naquela festa da queima das bruxas? Quando a carta chegasse ao destino, ela tinha tido tempo de casar com alguém de cabeleira postiça e já tinham tido tempo de ter um filho. Igualmente casado. Espermos que não com alguém com cabeleira postiça. Além disso, o doce perfume que o caro Isaac tinha pulverizado nas suas sentidas palavras cheiravam agora ao suor do burro que tinha atravessado meio país para fazer entender o amor do jovem. Mau aspecto.

Entende-se perfeitamente que preferisse estar sozinho debaixo de uma árvore qualquer escondida. Com a namorada longe, aposto que queria alguma privacidade. No entanto, eu não acho que a primeira coisa que ele pensou quando a maçã lhe caiu na cabeça tenha sido “Só pode haver uma força no centro da Terra que atrai os objectos. Meu Deus Isaac, és genial”. Honestamente, acho que ele pensou “Wow...ainda bem que as melancias não nascem nas árvores”.

Naquela altura não havia nada de muito interessante para fazer. Isto disse-me o prof. José Hermano Saraiva que é o último amigo vivo de Newton. Portanto é natural que se dedicassem à ciência e desta forma é mais provável que todo o seu trabalho desse frutos. Melancias.

Hoje os miúdos têm o World of Warcraft. Shots verdes fluorescentes a cinquenta cêntimos. Tráfego ilimitado. A subtil pornografia da TVI das seis às oito da noite, de segunda à sexta, e às vezes ao fim-de-semana acho eu. É natural que as notas desta gente baixe. É natural que exijam poder levar calculadoras para os testes de Língua Portuguesa. É natural, embora racista, pensarem que Almada Negreiros é um bairro social em Almada. Com tantas distracções, muito fazemos nós.

Choca aí.

sábado, 25 de julho de 2009

Acasalamento

No outro dia fomos almoçar fora com a minha avó e com uma amiga da minha irmã. Como era suposto ocorrer, a minha avó desata com bocas sobre mim e a rapariga. Eu tenho que dizer que já estou acostumado. Não é a primeira vez que a minha avó tenta acasalar-me, mas é sempre constrangedor, sobretudo para a rapariga. Da última vez o caso foi mais grave, porque não mandou boquinhas nem nada que se pareça. Da última vez comprou uma pessoa. Ao que parece custou-lhe 20 contos e um CD do Paco Banderas. O problema é que o paquistanês enganou-a, e vendeu-lhe o filho. Ora, não obrigado, já estou servido. A situação até foi ligeiramente engraçada, visto que estávamos no Natal. Fui eu chegar a casa da minha avó, ver a árvore e uma pessoa embrulhada em papel. Ou era uma pessoa ou um Power Ranger em tamanho original. Um Power Ranger que respirava... então e o que aconteceu depois? Bem era Natal e não podia dizer que não gostava, agradeci e calei-me.
O gajo ainda vive connosco.

sábado, 18 de julho de 2009

Um ano...

E a brincar "isto" faz um ano. Um anito. 365 dias. Um milhão e setecentos e 39 minutos. Ok, vocês já perceberam a ideia, se estiverem é claro, conscientes da passagem do tempo, e diga-se de passagem que aquela parte dos minutos é muito provavelmente mentira.
Um ano a escrever para vocês...5. Fuck it, that's enough.

TV. Uma merda hein? Telenovelas, reportagens sobre raparigas que trabalham no campo por obrigação parental, reportagens sobre pessoas com deficiências, programas musicais que me dão asco e o Preço Certo com Fernando Mendes.
Agora a TVI (abençoada sejas) deu um programa ao Herman José. Olha lá que fixe...mais um programa em que ele a meio do concurso, ou seja lá aquilo o que for, desata a cantar musicas infantis alemãs. Assim do nada desata a cantar. O programa até podia ser sobre economia, que ele diria: "Sabes o que isto me faz lembrar? Uma pequena canção alemã, que eu costumava cantar no colégio." A partir daqui das duas uma: ou ele tirava uma guitarra do rabo e começava a tocar, ou na régie punham a cassete que ele tinha dado antes. E sim, cassete.
- "Wierbund, shloptiz wunderbar, herr Erdinger, Wurst rex the polizei kommissar."
Ainda bem para ti, Herman, que sabes falar alemão. Eu também sei falar outras línguas e não ando aí a cantar. E línguas mais difíceis que alemão, línguas como o chinês. Queres ver?
Arroz Xau-Xau, se faz favor. É quanto?
Agora com sotaque.
Aloz Xau-Xau, se faz favol. É quanto?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aaaahhh seu careca! Sempre com carequices.

Eu estou a ficar careca. Há quem diga que estou parecido com o Jude Law.
Espelhos han...o que é que eles sabem?!?
É como dizia o outro, não se pode viver sem eles, nem se pode parti-los. Porquê? Porque dá sete anos de azar e ficas com vidros no chão.
Eu conheci um gajo que partiu um espelho. Chamou-se Júlio. Pretérito perfeito porque morreu sufocado no próprio esperma.
Há quem diga que foi azar, eu digo que azar seria se ele cortasse um dos pés. Aquilo não foi azar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ideias Soltas IX

Um bebé com pêlos no rabo é estranho.

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O meu irmão mais novo é meu pai. Como? Tem um DeLorean.

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Quando vejo nas noticias que um peregrino foi atropelado, eu rio-me. Porquê? Porque esse é o objectivo da ironia.