quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Correr com tesouras

No outro dia estava a pensar sobre esta afirmação. Não corras com tesouras.

-O que é que estava a fazer antes do acidente?
-Estava a fazer um trabasjlo de artes manuais. Era um retrato do Fernando Ribeiro.
-Era um trabalho para a escola?
-Não! Era para mim. Eu sou fã dos Moonspell.
-Continue.
-Estava eu a fazer o retrato quando de relsshpente o tubo de glitter cor-de-rosa acaba. Não sei se sabe o que é glitter? Também não interessa. Para mim, naquela altura foi o fim! Como iria eu acabar o retrato do meu maior ídolo sem glitter rosa? Estive quase a entrar em deshpressão.
-…
-Ok, já estou a exagerar. Mas continuando, estava eu sem glitter e não podia deixar o relsjtrato a meio. Eu sabia que se telefonasse à minha mãe, poderia ser que me comprasse outro tubo. Levantei-me de repente da cadeira e fui a correr para o telefone.
-E foi ai que tudo aconteceu.
-Não. Quer dizer, depende do que estiver a falar.
-Estou a falar do acidente com a tesoura.
-Ah nesse caso foi. Foi nesse momento que tudo aconteceu.
-E estava com a tesoura por causa do trabalho manual?
-Não. Para que raios precisaria eu da tesoura, para um retrato a lápis de cera e glitter?
-Ok, mas…ohh que cheiro horrível. Depois temos de editar isto. (A repórter olha com ar de reprovação para o Marco)
-Pode-nos dizer porque é que tinha a tesoura na mão?
-Eu ando sempre com uma tesoura. É uma mania minha. Isso e andar vejstlido na rua.
-E não foi alertado por ninguém para os perigos de correr com uma tesoura?
-Fui. Alertado significa avisado certo?
-Sim…
-Então definitivamente fui. Fui… Aliás a minha mãe tinha acabado de me dizer “Tem cuidado com essa tesjloura Marco. Está muito afiada e ainda te corlshtas. Juizinho é que é preciso. Bem vou pagar as contas do talho. Fica ai sossegado.” Mas eu era um miúdo irreverente, pouco obsjediente, um rebelde portanto.
-Mas estava-nos a dizer que foi durante a corrida que ocorreu o acidente.
-Sim, eu realmente disse isso.
-.........tropeçou foi?
-Não. Simplesmente não vi a parede. O mais estranho do acidente foi quando retirei a tesoura da cabeça. Ver o nosso próprio olho na ponta da tejlsoura, é algo que…curiosamente dá comichão.
-Isso aconteceu a semana passada?
-Hoje é que dia?
-Terça.
-Obrigado.
-…e o acidente ocorreu há uma semana não foi?
-Não. Hoje é que dia?
-…terça.
-Então foi na passada terça.
-......para além de ter perdido o olho, houve alguma sequência neurológica?
-Não. Quer dizer… isso quer dizer o quê?
-Se por exemplo afectou… eu peço desculpa mas não pude deixar de notar que tem um problema na fala. Isso é uma consequência do acidente?
-Problema na fala? Está a flajhar do quê? Está a tentar ofender-me? MÃÃÃEEEE, OH MÃÃÃEEE
-Agora mesmo, você disse flajhar em vez de falar.
-Ah isso é um problema que eu tenho já algum tempo.
-Ok, penso que é tudo. Obrigado por nos ter recebido.
-Já não controlo é o movimento rectal. Peço desculpa, mas acho que me borrei há cerca de 5 minutos.
-Marco Abel de 26 anos, contou-nos a trágica história, que serve também de aviso para os mais jovens.
-Oh pá! Olha-me este grande cocó! MÃÃÃEEEE.
-Reportagem de Cristina Tarte, imagem de José João Miguel António Rui, SIC.
-É mole.

3 comentários:

Tiago D. disse...

LOOOL muito bom.

Contudo a ideia que retive foi o facto de tu saberes o que é um tubo de glitter. Preocupante.

Anónimo disse...

LOL OMG o qeq foi isto? xDDD

glitter é fixe, força nisso ortiz, tou ctg! =P

*

Anónimo disse...

Demetri Martin diz que glitter é o herpes dos trabalhos manuais...é só isso